Mortes violentas de pessoas LGBTI+ cresce 33,3% em um ano
Idade das vítimas variou de 13 a 67 anos, sendo a maioria entre jovens de 20 e 29 anos
Em 2021, o Brasil registrou ao menos 316 mortes violentas de pessoas LGBTI+, número 33,3% maior em relação ao ano de 2020, quando foram notificados 237 óbitos. Os dados constam em um dossiê produzido entre a Acontece Arte e Política LGBTI+, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
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Segundo os dados, entre os crimes ocorridos no ano passado, 262 foram homicídios (o que corresponde a 82,91% dos casos), 26 suicídios (8,23%), 23 latrocínios (7,28%) e 5 mortes por outras causas (1,58%). A idade das vítimas variou de 13 a 67 anos em 2021, sendo que a maioria das mortes ocorreu com jovens entre 20 e 29 anos (96 casos, o que representa 30,38% do total).
Os dois grupos que sofreram mais violência foram os homens gays (45,89%), com um total de 145 mortes; e as travestis e mulheres trans (44,62%), com 141 mortes, representando 90,5% do total de casos. As mulheres lésbicas, por sua vez, contabilizaram 3,80% das mortes (12 casos), enquanto os homens trans e pessoas transmasculinas somaram 2,53% dos casos (oito mortes).
Já pessoas bissexuais (0,95%) e pessoas identificadas como outros segmentos (0,95%) tiveram 3 mortes cada grupo. Também houve quatro pessoas cuja orientação sexual ou identidade de gênero não foi identificada, representando 1,27% do total, com 4 casos.
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Entre as regiões, o nordeste e sudeste tiveram 116 e 103 mortes violentas, respectivamente. As demais regiões ficaram em torno de 30 mortes cada uma, sendo 36 no centro-oeste, 32 no norte e 28 no sul. Os estados que apresentaram maior número de mortes foram São Paulo (42), Bahia (30) e Minas Gerais (27).