Consumidor brasileiro mostra insatisfação com qualidade de banda larga
Pesquisa da Anatel consultou clientes sobre os serviços prestados pelas operadoras de telefonia e internet
A Anatel divulgou o resultado de uma pesquisa sobre a satisfação do consumidor brasileiro com os serviços prestados pelas operadoras de telefonia e internet. A melhor avaliação foi para a telefonia pré-paga, e a banda larga fixa recebeu a pior nota.
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No começo do ano, a clínica veterinária de Nelson Pires Barbosam, em Porto Alegre, ficou 15 dias sem internet, um grande transtorno, já que quase tudo é informatizado: da agenda de consultas à emissão de notas fiscais. Foram duas semanas tentando resolver o problema por telefone.
"Realmente é uma novela, é um absurdo o que fazem contigo porque tu não fala com uma pessoa, tu fala com uma máquina", reclama o veterinário.
A pesquisa anual de satisfação e qualidade da Anatel ouviu 81.849 consumidores no segundo semestre do ano passado. A banda larga fixa teve a pior nota entre os cinco serviços prestados pelas nove principais operadoras do país, ficando com 6,88.
O celular pré-pago teve a melhor pontuação (7,82), seguido do celular pós-pago (7,39), da telefonia fixa (7,37) e da TV por assinatura (7,37).
Por trás da insatisfação com a banda larga está uma mudança no comportamento dos consumidores. A trabalho ou a lazer, em casa ou na empresa, a internet fixa é usada, ao mesmo tempo, por um grande número de dispositivos, como computador, celular, videogame e mais recentemente a televisão, com a chegada do streaming. 80% dos usuários disseram que assistem a filmes on-line.
Por causa da pandemia, o tráfego na internet triplicou. "Antes a gente ligava pros parentes, pros amigos, e hoje a gente já quer fazer vídeo-chamada. Em aulas e em EAD pré-pandemia, tu mandava um e-mail, tu baixava um PDF, hoje em dia a aula inteira é on-line, então mudou sim o perfil de uso", afirma o engenheiro de telecomunicações Mauricio Cardoso Dambros.
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