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Temporal em Petrópolis (RJ) deixa três desaparecidos

Dezesseis horas após o início da chuva, socorristas se emocionaram ao salvar um cãozinho

Imagem da noticia Temporal em Petrópolis (RJ) deixa três desaparecidos
Bombeiros buscam por vítimas em meio a escombros (Reprodução/SBT Brasil)
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O forte temporal em Petrópolis (RJ) deixou pelo menos três desaparecidos, além dos cinco mortos, e veio num momento em que não deu tempo sequer de recuperar os estragos causados pela última tempestade, há 34 dias. A cidade começou a semana com buscas às vítimas da nova enxurrada.

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"Quando a gente pensa que a gente vai recomeçar de novo a nossa vida, a gente acaba passando por isso novamente", disse Bruno da Silva. Ele e outro morador, Felipe Santiago, tentaram salvar duas pessoas. "Ontem [20.mar], por volta de 20h, os vizinhos escutaram um barulho", relembra o segundo. Segundo ele, localizou junto com Bruno um "casal de vizinhos, infelizmente já sem vida".

Foi no Alto da Serra, a área mais afetada em fevereiro. Agora, 180 bombeiros trabalham sem parar. Quatro vítimas do temporal passado ainda não foram encontradas. "Infelizmente, as feridas não cicatrizaram na cidade. A corporação não saiu da cidade desde o mês passado", afirmou o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Fábio Contreiras. Desde o início do mês, em ação emergencial por causa da tragédia de 15 de fevereiro, a seguradora SulAmérica -- em parceria com a startup de saúde Docway -- vem oferecendo atendimento online gratuito com médicos e psicólogos para moradores de Petrópolis e região, além de profissionais atuando na linha de frente nas localidades. O agendamento pode ser feito por pessoas com insônia, irritabilidade, angústia, diarreia, vômitos ou sintomas parecidos, pelo número 4020-6316 ou pelo site www.sulamerica.docway.com.br.

O centro de Petrópolis também foi novamente atingido pela enxurrada há um dia. Os rios que cortam a região transbordaram até ultrapassar a altura das pontes e passarelas, arrastando tudo que havia pela frente. Em um trecho do Piabanha, a força da água foi tão forte que a estrutura de ferro ficou toda retorcida e tomada de lixo.

Na Rua Washington Luiz, que atravessa toda a cidade, um carro ficou pendurado e duas pessoas morreram no desabamento de uma casa. A chuva forte começou na tarde de domingo (20.mar) e se estendeu até a noite. Um ônibus não teve como prosseguir, e uma passageira escapou, por um triz, de se afogar. Em uma galeria, comerciantes desafiaram a força da água para segurar os estandes. Perto do local, a torrente arrastou dezenas de cruzes fincadas em uma praça para homenagear os 230 mortos da tragédia de fevereiro. 

Dezesseis horas após o início do temporal de domingo, os socorristas se emocionaram ao salvar um cãozinho dos escombros de uma casa. Virou o mascote da historiadora isabel Carvalho. Ela buscava notícias do irmão, que ainda está desaparecido. O animal, segundo ela, "vai representar a esperança, a vida". "Porque acho que é isso. Ele sobreviveu em uma tragédia dessas", acrescentou.

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