Disparada de casos de síndromes respiratórias se reflete nas empresas
Em uma companhia de transporte público, quase 200 funcionários estão em casa
SBT Brasil
A disparada de casos de síndromes respiratórias se refletiu dentro das empresas. Na primeira semana do ano, muitas tiveram as equipes reduzidas por causa dos afastamentos.
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É só andar por uma companhia de segurança em São Paulo para notar a falta de funcionários. Dos 3 mil trabalhadores, cerca de 600 foram afastados desde a segunda quinzena de dezembro. Segundo Arnaldo Vargas, presidente da empresa, "se você falar proporcionalmente, hoje os casos de H1N1 estão 'maior' na minha empresa do que os casos de covid". Ainda de acordo com ele, os afastamentos estão prejudicando "diretamente" o trabalho do local.
Em uma companhia de transporte público, também na capital paulista, quase 200 funcionários estão em casa. Foi preciso repôr a mão de obra. Paulo Lima dos Santos, diretor de novas tecnologias da empresa, diz que estão atuando tanto com uma reserva de funcionários, principalmente dos motoristas, como com trabalhadores temporários, contratados "para suprir alguns departamentos".
A aviação também já sofre as consequências. A companhia aérea Azul anunciou o cancelamento de voos após a disparada de casos entre tripulantes, mas informou que todos apresentam sintomas leves e que os passageiros foram reacomodados.
O aumento no número de infectados após as festas de fim de ano fez as empresas dos mais diversos setores ligarem o sinal de alerta, e não é para menos. O levantamento de uma companhia de medicina diagnóstica presente em boa parte do país indicou que, só na última 3ª feira (4.jan), 27% dos testes de covid-19 tiveram resultado positivo. É o maior índice desde junho do ano passado.
Em São Sebastião, no litoral paulista, a prefeitura decidiu fechar as portas por 15 dias após um surto de síndromes respiratórias entre servidores. O prefeito, Felipe Augusto (PSDB), disse que a "a cidade está lotada em função dos feriados de fim de ano e agora da virada do ano também". Ele acrescentou que o município atendia cerca de 300 pessoas por dia nas unidades de atendimento e emergência, índice que está em aproximadamente 1,2 mil.
O Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP), um dos maiores do país, já contabiliza mais de 50 funcionários afastados por covid-19. Apesar disso, a direção da unidade disse que não houve prejuízo no atendimento.
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