Abuso de álcool pode ter sérias consequências, alertam especialistas
Estudo mostra que 56% da população não faz exames para avaliar saúde hepática
SBT Brasil
Nesse tempo de festas é bom não abusar no consumo de álcool. Os especialistas alertam que a maioria dos brasileiros acredita que o beber socialmente não afeta a saúde. Mais da metade dos brasileiros bebem socialmente. Um em cada três consome semanalmente. 44% mais de três doses por dia. Uma dose corresponde a uma lata de cerveja. E, 56% não faz exames de prevenção, esses dados são de uma pesquisa do Datafolha encomendada pelo Instituto Brasileiro do Fígado, IBRAFIG.
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"Geralmente as pessoas acham que esse consumo não está associado a um risco maior de cirrose, câncer de fígado, no entanto essas doenças são inteiramente silenciosas, elas só se manifestam em uma fase muito avançada. Muitas vezes a única alternativa ao transplante de fígado", afirma o médico do Instituto Brasileiro do Fígado, Paulo Lisboa Bittencourt.
Essa sede toda não é acompanhada de prevenção. O levantamento mostra também que 56% da população não faz exames diagnósticos para avaliar a saúde hepática. A cirrose hepática já ultrapassou os acidentes automobilísticos como principal causa de mortalidade atribuída ao álcool no país.
Não existe um limite seguro para o consumo de bebidas alcoólicas. Porque cada organismo reage de um jeito ao álcool. Para quem não têm problemas hepáticos é considerado consumo moderado até catorze doses por semana para os homens e sete doses para as mulheres. Acima desta quantidade as chances de ter algum problema no fígado dobram.
Há dez anos um transplante de fígado salvou este microempresário. Ubiratan Yamada, ele costumava beber todos os dias, o que agravou a hepatite "C" - que ele não sabia que tinha.
"Eu sentia minha barriga inchando, eu não estava com dor, mas parecia que minha barriga veio para o peito. Fui procurar o médico e ele disse que eu estava doente e a doença era grave e desde então não tomo nenhum tipo de cerveja", conta o empresário.
Walter Lucas passa por exames periódicos porque trabalha num hospital e garante que o fígado está 100%. "Quando atingir uma idade de 30 para cima, aí eu acho que começa dar uma preocupada sim", frisa Walter.
