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Anvisa recomenda que São Paulo reavalie intervalo da dose de reforço

Agência disse que ainda não se sabe se os benefícios superam os riscos no caso do intervalo de 4 meses

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Prefeitura de São Paulo passou a aplicar dose adicional da vacina da covid em adultos que completaram ciclo vacinal há pelo menos quatro meses (Divulgação/Prefeitura de São Paulo)
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Em resposta a um ofício enviado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo com pedido de autorização para antecipar a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que a medida seja reavaliada. Isso é o que informa a autarquia em comunicado divulgado nesta 6ª feira (3.dez).

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No ofício, a SMS solicitou que São Paulo pudesse aplicar a dose adicional em adultos com ciclo vacinal completo há pelo menos quatro meses, o que já está em vigor na capital desde a última 5ª feira (2.dez), quando o governo estadual também anunciou a redução do intervalo de cinco para quatro meses.

Na resposta, porém, mesmo reforçando que as vacinas são a forma mais eficaz de conter a pandemia, a Anvisa disse existirem poucos dados sobre a segurança comparativa e imunogenicidade da aplicação dos imunizantes como dose de reforço e que o uso de uma unidade adicional é indicado para pessoas com ciclo vacinal completo contra a covid há seis meses.

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Segundo a agência, "um período de intervalo menor pode ser considerado desde que seja sustentado por estudos robustos, apoiado por dados epidemiológicos, com adequado monitoramento das reações adversas e com a condução de estudos de efetividade das vacinas". A Anvisa acrescenta que a prefeitura de São Paulo precisa implementar um programa adicional para monitoramento e a farmacologia do uso das vacinas em desacordo com a bula, ao reduzir o intervalo da dose de reforço.

Ainda de acordo com a autarquia, "não se sabe se os benefícios superam os riscos para o uso de reforço no intervalo de quatro meses para todos os adultos com 18 anos ou mais, independentemente da vacina ofertada e do esquema vacinal primário". A resposta alerta que reduzir de forma generalizada o intervalo "pode favorecer o aumento e o aparecimento de reações adversas desconhecidas".

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