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Brasil

Chuvas da primavera não devem ser suficientes para melhorar crise hídrica

Reservatórios responsáveis pela geração de 70% da energia consumida no país, estão abaixo de suas capacidades

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Chuvas da primavera não devem ser suficientes para melhorar crise hídrica
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As chuvas esperadas para a primavera não devem ser suficientes para melhorar a situação dos reservatórios de água no país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a instabilidade no regime de chuvas nos últimos anos é a causa da maior crise hídrica enfrentada pelo país nas últimas nove décadas.

Os reservatórios das usinas do sudeste e centro-oeste, responsáveis pela geração de 70% da energia consumidada no país, hoje estão 17,79% abaixo de suas capacidades, podendo chegar a 10% em novembro.

De acordo com os prognósticos apresentados pelo Inmet, esta situação não deve melhorar nos próximos meses, isso porque durante a primavera, estação de transição que marca o fim do período de estiagem na maior parte do Brasil, a previsão é de que o volume de chuva fique abaixo do normal na região sul e em partes de Mato Grosso do Sul e São Paulo.

"O que eu posso falar é que o solo está muito seco em grande parte do Brasil, e que essas chuvas iniciais tem que ainda melhorar a qualidade do solo antes dessa água conseguir fazer com que os reservatórios voltem a encher", afirma Márcia Seabra, meteorologista do Inmet.

Em muitas cidades do interior de São Paulo, o racionamento já é uma realidade. Quatro dos sete grandes sistemas de captação mantidos pela SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) estão com níveis abaixo de 50%.

Nas represas do sistema Cantareira, manacial responsável pelo abastecimento de quase nove milhões de pessoas na capital paulista e região metropolitana, o volume armazenado hoje é de pouco mais de 32%.

A situação é melhor do que durante a crise de 2013 e 2014, quando foi preciso captar água do chamado volume morto, por isso, segundo o presidente da SABESP, não há risco de desabastecimento, mas a população precisa colaborar.

"É muito importante esse entendimento da população que nós da Companhia de Saneamento estamos fazendo o nosso trabalho, a infraestrutura, as interligações dos sistemas, mas a população precisa também nos ajudar economizando água, usando a água racionalmente", afirma Benedito Braga.

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