INPE: Mineração ilegal já devastou 125 km² na Amazônia Legal
O acumulado de desmatamento foi 8.712 km², segunda maior cifra da série iniciada em 2016
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) atualizou os dados do (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) de julho na Amazônia Legal.
O acumulado de alertas de desmatamento em 2021 foi de 8.712 km². É a segunda maior cifra da série iniciada em 2016, perdendo apenas para o ano passado, quando chegou a 9.216 km².
Segundo nota do Observatório do Clima - rede composta por 66 organizações não-governamentais e movimentos sociais - "os dados oficiais de desmatamento, do sistema Prodes (Projeto de monitoramento por satélites do desmatamento), serão divulgados apenas no fim do ano, mas os alertas do Deter ? monitoramento diário que deveria orientar a fiscalização do Ibama ? ajudam a projetar o tamanho do problema. O resultado indica que o desmatamento anual deverá, pela terceira vez, ficar próximo de 10 mil km², o que não ocorria desde 2008".
A análise por categorias de alertas indica que a mineração devastou 125 km² em 2021, a maior marca desde o início da série histórica do Deter-B, em 2016. Houve alta de 62% em relação a 2018.
A degradação florestal (quando é removida parte da vegetação) também atingiu nível recorde: 6.062 km² em 2021, a maior marca desde 2017, início da série histórica disponível. Houve alta de 87% em relação a 2018. Apenas o corte seletivo, ou seja, a extração de madeira, quase triplicou em área de alertas em 2020 e 2021 em relação à média dos anos anteriores.