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Acampamento indígena na frente da Funai continua pelo 2º dia

Grupo entrou em confronto com a PM na tentativa de falar com o presidente da instituição

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Várias representações indígenas se estabeleceram em frente da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília. Nesta 5ª feira (17.jun), é o segundo dia do acampamento que protesta contra a atual gestação do órgão. 

O grupo entrou em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal quando chegaram ao local, nesta 4ª feira (16.jun). A corporação confirmou o uso de bombas de efeito moral e gás de pimenta na contenção de 150 indígenas que caminhavam até o prédio da Fundação.

As lideranças reivindicam uma reunião com o presidente da Funai, Marcelo Xavier. A pauta unificada dos diferentes povos presentes é que Xavier deixe o cargo.

Bem como a retirada definitiva do Projeto de Lei nº 490/2007, que está na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), na Câmara dos Deputados. A proposta estabelece que as terras indígenas serão demarcadas através de leis.

Segundo as lideranças do acampamento, o PL ameaça as demarcações de terras indígenas. 

Outro projeto levantado é o PL nº 2633/2020, conhecido como "PL da Grilagem", que, caso seja aprovado, ampliar o alcance da regularização fundiária em terras da União.

"Nossas lideranças, que já estão completamente imunizadas com a vacina contra o novo coronavírus, se congregam novamente para reafirmar que, em meio à crise sanitária, as vidas indígenas importam", disse a ativista Juma Xipaya, 24 anos, que participa do movimento.

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