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Brasil

Morre Alessandro Oliveira, substituto de Dallagnol na Lava Jato

Procurador integrava o Grupo de Trabalho desde 2018 e assumiu a coordenação em Curitiba em setembro do ano passado

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Alessandro Oliveira
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Morreu nesta 5ª feira (20.mai), no Paraná, o procurador Alessandro José Fernandes de Oliveira, aos 45 anos, vítima de um câncer. Em setembro do ano passado, ele tornou-se coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, tendo assumido a função antes ocupada por Deltan Dallagnol.

A morte de Alessandro foi lamentada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. "O colega Alessandro fará falta neste momento em que estamos institucionalizando as forças-tarefas. Sua competência, dedicação, ponderação e lealdade ao MPF são exemplos a serem seguidos", disse. "Que o Divino Espírito Santo conforte a família, os amigos e colegas enlutados. Obrigado, Alessandro", acrescentou.

Dallagnol também lamentou a morte de seu sucessor na coordenação da Lava Jato. "A partida de Alessandro, coordenador da Lava Jato, marido e pai de um lindo casal de filhos, aos 45 anos, deixa tristeza e saudade. Ao mesmo tempo, a vida que Alessandro decidiu viver nos deixa inspiração", escreveu, em uma rede social, o procurador, que ainda relatou um episódio que viveu com o colega.

Carreira

Alessandro era procurador da República desde 2004. Com experiência no combate ao crime organizado, à corrupção e à lavagem de dinheiro, entrou para o Grupo de Trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República em 2018. Em setembro do ano passado, ele substituiu Dallagnol, que se afastou da força-tarefa alegando questões de saúde da família.

A força-tarefa acabou encerrada em dezembro de 2020 e os procuradores que a integravam -- Alessandro incluso -- passaram a compor o quadro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por decisão da PGR.

Formado em Segurança Pública pela Academia Policial Militarr do Estado do Paraná, em 1993, e em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2012, Alessandro exerceu, entre outros cargos no Ministério Público Federal, o de coodenador da Rede de Controle da Gestão Pública no Estado do Paraná, de 2011 a 2013, e o de Procurador Regional Eleitoral no Estado do Paraná, de 2013 a 2017.

O procurador também era mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR e dava aulas com ênfase em Direito Criminal e Processual Penal e persecução patrimonial e administração de bens na Escola Superior do Ministério Público da União.

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