Acusado de matar jovem na PB tinha caderno com nome de 20 mulheres
Perícia tenta traçar perfil do homem. Segundo a polícia, anotações eram "perturbadoras"
SBT News
A Polícia Militar de João Pessoa, na Paraíba, prendeu o suspeito de ter assassinato a jovem Patrícia Roberta, de 22 anos, que estava desaparecida desde o último fim de semana. Pernambucana, Patrícia viajou para João Pessoa para visitar um amigo de infância, mas deixou de responder mensagens e foi dada como desaparecida. A causa da morte da jovem ainda não foi definida.
O amigo que ela conhecia há 10 anos e foi visitar é o principal suspeito. Jonathan Henrique dos Santos tem 23 anos e terá o perfil psicológico avaliado pela perícia do caso, conforme divulgação dos investigadores nesta 4ª feira (28.abr). Na casa dele, onde supostamente ocorreu o crime, a polícia encontrou um caderno com nomes de outras 20 mulheres, além de materiais relacionados ao ocultismo e livros de magia. A equipe avaliou as anotações como "pertubadoras".
Amanda também descreve ter visto desenhos com chifres, fogo e caveiras. "São desenhos demoníacos. Havia uma caveira coroando uma moça; escritos perturbadores", relatou. A perita destaca, no entanto, que não há como apontar se a morte foi por algum ritual."O local era extremamente organizado, com escritos e desenhos perturbadores. Uma pá também foi encontrada no local", contou a perita criminal Amanda Melo, em entrevista à afiliada do SBT local, TV Tambaú.
Investigações continuam
Para apurar o que aconteceu com Patrícia, os investigadores optaram por congelar o corpo da jovem. A suspeita inicial é de que a jovem tenha sido morta por esganamento. Ela foi encontrada 48h após a morte -- o que fez o corpo entrar em estágio de decomposição --, enrolada em lençóis e sacos plásticos.
"O caso une vários setores, com auxílio de psicólogos para a análise comportamental da cena do crime. Assim como da medicina legal, laboratórios forenses, especialistas em DNA e biologia", disse Melo. Conforme a perícia, dois lençóis e um saco plástico, de um colchão, envolviam o corpo, que estava amarrado por fios. A cabeça da vítima estava enrolada em outro saco plástico e uma toalha.
A suspeita é de que o corpo da vítima tenha ficado dentro da residência de Jonathan por horas. "Após supostamente matar, ele enrolou para evitar o odor e a proliferação de moscas e larvas. Pelos vestígios, a vítima foi morta e deixada no ambiente (apartamento) por um tempo."
Violência sexual
O estado avançado de decomposição pode dificultar a leitura de violência sexual, conforme a perita. Mesmo assim, exames serão solicitados para apurar a hipótese. "Durante a necropsia será solicitado coleta de material da região íntima da vítima para encaminhar ao laboratório específico."
Perfil psicológico
A leitura da cena do crime foi um dos caminhos para encontrar o corpo de Patrícia Roberta. "Foi o primeiro local visitado pela perícia para entender o perfil do suspeito e, então, encontrar o corpo. As buscas foram direcionadas após indicação do IPC". O corpo da vítima foi encontrado a 1,5 km de distância do local onde ela possivelmente foi morta.
O suspeito do crime foi preso no fim da noite de 3ª feira (27.abr), acusado de assassinar e ocultar o cadáver da pernambucana.
Com informações do Portal T5 e TV Tambaú, afiliada do SBT em João Pessoa