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Ritmo de transmissão da Covid-19 volta a níveis de maio

Taxa de transmissão mostra que 100 infectados passam a doença para outras 130. É o maior número desde um dos meses mais agudos da pandemia

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Homem caminha de máscara
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Um dos índices utilizados para medir o avanço ou retrocesso da Covid-19 em todos os países é, além dos números frios de casos, óbitos e médias móveis, é a taxa de transmissão da doença. Se os dados anteriores já não eram animadores, a taxa (ou ritmo de contágio, Rt) voltou a subir no Brasil.

Mais alarmante ainda, o ritmo de novas infeções voltou aos níveis de 24 de maio. Naquele mês, a taxa era de 1,31. Agora, o ritmo de contágio está em 1,30. Isso significa que a cada 100 pessoas com coronavírus, estas vão infectar outras 130.

Os dados são do Imperial College de Londres, no Reino Unido. O ritmo de contágio pode estar entre 0,86 (100 infectam 86) e 1,45 (100 transmitem para 145), pela margem de erro das estatísticas.

A taxa mais alta que o Brasil registrou foi em abril, auge da pandemia, com um Rt de 2,81. Do lado inverso, a menor taxa foi registrada em 8 de novembro, com 0,68 - número que, até então, significa controle da epidemia (acima de 1, está descontrolada). Por outro lado, o baixo índice coincide com o "apagão" no envio de dados pelo governo.

O ritmo de transmissão, portanto, praticamente dobrou em apenas duas semanas. O dado se soma à alta nas internações por Covid-19 no estado de São Paulo, considerado o epicentro da doença e o que tem mais casos e óbitos em todo o país. No maior estado, a taxa é de 1,64, de acordo com estudiosos da Universidade de São Paulo (USP).

Agora, o temor de uma segunda onda ganha mais força, assim como observado no hemisfério norte em países como Estados Unidos, Itália, Alemanha, Portugal e França. O Brasil tem até esta terça-feira (24), 169.541 óbitos por coronavírus.
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