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Brasil

Apenas 3 em cada 10 escolas têm internet boa na América Latina e Caribe

O estudo divulgado hoje também revela que 77 milhões de pessoas na zona rural têm internet de baixa qualidade

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alunas estudando em árvore
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Na América Latina, apenas 33% das escolas têm disponibilidade de largura de banda ou velocidade de Internet suficiente, menos da metade do informado, em média, nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Quando o foco é a zona rural, 8 dos 10 países analisados da região têm menos de 15% das escolas rurais com acesso à largura de banda ou à velocidade de internet suficientes. 

As informações estão no estudo divulgado nesta quinta-feira (29.out) pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Microsoft. 

"Em países desenvolvidos, a adição de 10 linhas de banda larga para cada 100 pessoas aumenta o PIB em 1,38% e, em países em desenvolvimento, o aumento é de 1,21 pontos percentuais. Além disso, estima-se 0,11% anualmente no impacto do acesso móvel à Internet para países em desenvolvimento, e 0,20% para países desenvolvidos", avaliam os pesquisadores.

O levantamento mostra ainda que 32% da população da América Latina e Caribe, cerca de 240 milhões de pessoas, não têm acesso a serviços de internet. Na zona rural esse número chega a 77 milhões em 24 países.

Há uma grande diferença entre o acesso à internet de qualidade. Na área urbana 71% têm internet boa e na zona rural apenas 37%. No entanto, o Brasil integra o grupo com melhor qualidade de acesso na área rural, junto com Chile, Costa Rica, Bahamas, Barbados, Panamá e Colômbia. Jamaica, El Salvador, Belize, Bolívia, Peru, Honduras, Venezuela, Guatemala, Nicarágua e Guiana estão no grupo da baixa conectividade. 



O documento afirma que com a pandemia, a busca por iniciativas que contribuam para reduzir o hiato digital existente na América Latina e no Caribe são essenciais para o desenvolvimento na região. "As tecnologias permitem à população continuar participando da vida econômica e tendo acesso a serviços fundamentais, como o teletrabalho, a educação à distância, a telemedicina, entre outras atividades e serviços", afirmam os pesquisadores. 
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