Músico que teria sido preso injustamente é solto no Rio

O músico Luiz Carlos Justino, de 23 anos, foi solto no início da tarde deste domingo (6.set) depois de ficar quatro dias preso, acusado de participar de um assalto em 2017. Mas, no dia do crime, ele estaria tocando em uma padaria. A decisão foi concedida pelo juiz André Luiz Nicolitt, a pedido da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro.

Luiz Carlos foi detido na noite da última quarta-feira (2.set) durante uma blitz em Niterói, na região metropolitana do Rio. Contra ele, havia um mandado de prisão por um assalto a mão armada que ocorreu em novembro de 2017. No horário do crime, no entanto, segundo testemunhas, ele se apresentava num estabelecimento onde tocava todos os domingos de manhã.

O advogado de Luiz Carlos contesta a forma que o mandado foi expedido: a vítima do roubo reconheceu o cliente dele a partir de uma foto. A principal dúvida é como a foto do músico foi parar no livro de suspeitos da polícia, já que ele não tinha antecedentes criminais, e afirma que o prenderam por questão racial. Luiz Carlos nunca foi intimado a ir a uma delegacia.

Morador da favela da Grota, que fica no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, Luiz Carlos toca na orquestra de cordas da comunidade desde os 6 anos de idade. Em um vídeo, o jovem agradeceu ao apoio que recebeu enquanto esteve preso.