Jornalismo
"A Kiss nunca poderia ter existido", diz réu envolvido na tragédia de Santa Maria
Luciano Bonilha Leão, réu na tragédia da boate Kiss, falou pela primeira vez para uma TV brasileira. Até o momento, ele é o único com julgamento marcado
SBT News
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Em entrevista exclusiva ao SBT Brasil, Luciano Bonilha Leão, que é acusado de comprar os sinalizadores que provocaram o incêndio na Boate Kiss, contou como foi o início das chamas e afirmou também ser uma vítima da tragédia.
Em janeiro de 2013, 242 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas durante o incidente na casa noturna de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Além de Luciano, que era produtor musical da banda, também são réus no processo o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo Jesus dos Santos; e dois sócios da boate, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr. Todos os acusados respondem em liberdade por homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar, e de 636 tentativas de homicídio.
Até o momento, apenas o ex-produtor musical tem julgamento marcado para o dia 16 de março, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria. Os outros três réus conseguiram na Justiça a transferência do júri para Porto Alegre, cuja data segue indefinida.
Sobre a compra dos sinalizadores, Luciano afirma que foi instruído a adquirir os produtos pelos integrantes da banda: "Um dia ele pegou, anotou tudo direitinho, daí eu fui lá e comprei. E aconteceu que eu ia comprando, só isso ai. Na loja nunca foi falado que existia um [sinalizador] para a área interna e um para a área externa".
O réu ainda conta como foi o início do incêndio dentro da casa noturna: "Eu cheguei bem em cima do fogo e olhei era uma chaminha, um fogo azul assim. Aí eu peguei uma água e atirei, aí quando eu atirei deu uma espécie de explosão".
Por fim, Luciano diz ser vítima, não réu, da tragédia e alega que, na época, não tinha conhecimento dos problemas na infraestrutura da casa noturna: "Tu não podes imaginar que tu vais entrar dentro de uma casa que seja um labirinto, que tenha espuma que seja tóxica, e que tu possas matar as pessoas em três, quatro minutos. A Kiss não era uma boate ilegal, a Kiss não estava no fundo de uma vila, não estava num beco. A Kiss estava no centro da cidade. Sou uma vítima porque eu entrei em um lugar que não poderia ter uma espuma tóxica, não poderia ser um labirinto. A Kiss nunca poderia ter existido".
Confira a entrevista completa:
Em janeiro de 2013, 242 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas durante o incidente na casa noturna de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Além de Luciano, que era produtor musical da banda, também são réus no processo o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo Jesus dos Santos; e dois sócios da boate, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr. Todos os acusados respondem em liberdade por homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar, e de 636 tentativas de homicídio.
Até o momento, apenas o ex-produtor musical tem julgamento marcado para o dia 16 de março, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria. Os outros três réus conseguiram na Justiça a transferência do júri para Porto Alegre, cuja data segue indefinida.
Sobre a compra dos sinalizadores, Luciano afirma que foi instruído a adquirir os produtos pelos integrantes da banda: "Um dia ele pegou, anotou tudo direitinho, daí eu fui lá e comprei. E aconteceu que eu ia comprando, só isso ai. Na loja nunca foi falado que existia um [sinalizador] para a área interna e um para a área externa".
O réu ainda conta como foi o início do incêndio dentro da casa noturna: "Eu cheguei bem em cima do fogo e olhei era uma chaminha, um fogo azul assim. Aí eu peguei uma água e atirei, aí quando eu atirei deu uma espécie de explosão".
Por fim, Luciano diz ser vítima, não réu, da tragédia e alega que, na época, não tinha conhecimento dos problemas na infraestrutura da casa noturna: "Tu não podes imaginar que tu vais entrar dentro de uma casa que seja um labirinto, que tenha espuma que seja tóxica, e que tu possas matar as pessoas em três, quatro minutos. A Kiss não era uma boate ilegal, a Kiss não estava no fundo de uma vila, não estava num beco. A Kiss estava no centro da cidade. Sou uma vítima porque eu entrei em um lugar que não poderia ter uma espuma tóxica, não poderia ser um labirinto. A Kiss nunca poderia ter existido".
Confira a entrevista completa:
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