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Lava Jato: Ex-presidente do Paraguai tem prisão decretada pela Justiça

Horácio Cartes é acusado de dar quinhentos mil dólares para ajudar o doleiro Dario Messer a fugir das autoridades até ser preso em julho deste ano

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Lava Jato: Ex-presidente do Paraguai tem prisão decretada pela Justiça
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O ex-presidente do Paraguai, Horácio Cartes, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (19), e está foragido. 

Em uma carta, escrita em junho do ano passado, Dario Messer pede ao então presidente do Paraguai um empréstimo de quinhentos mil dólares - valor equivalente a mais de dois milhões de reais - para pagar advogados, e afirma que a intenção seria se apresentar à polícia de Assunção, ficar em prisão domiciliar em segundo ele, poder se movimentar e articular melhor a situação.

Buscas também foram realizadas em outros países, como nos Estados Unidos e no Paraguai. De acordo com o Ministério Público Federal, as negociações entre Messer e Cartes envolveram cifras bem maiores e comprovam que o ex-presidente paraguaio ajudou o doleiro quando ele estava foragido.

"Realmente, não é de se esperar que um presidente de um país disponibilize quinhentos mil dólares a um foragido da Justiça, tanto do seu país, naquele momento, quanto também do Brasil", expôs o procurador geral da República, José Augusto Vagos.

Horácio Cartes já entrou para a lista da Interpol e, se for preso no Paraguai, dependerá de autorização para ser extraditado para o Brasil, onde deverá ser indiciado.

As investigações ainda indicaram que a atuação da quadrilha vai muito além da prática de crimes financeiros. "A etapa de hoje mostra uma proximidade entre alguns desses doleiros e o tráfico de drogas e de armas, e que será aprofundado ao longo das próximas etapas da investigação", declarou o delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Rodrigo Alves.

Ainda nesta quinta-feira (19), também foi presa a namorada do doleiro, Myra de Oliveira Athaíde, que foi levada para a sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Myra é suspeita de participar do esquema bilionário de lavagem de dinheiro liderado por Dario Messer.

Ao todo, foram cumpridos vinte mandados de prisão e dezoito de busca e apreensão.

 

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