PF prende "patriota" identificado por digital em vidros do STF
Suspeito de participar dos atos de 8 de janeiro foi preso em Engenheiro Beltrão (PR); PF usou Softwares e inteligência artificial para realizar prisão
SBT News
A Polícia Federal prendeu, nesta 5ª feira (9.nov), um dos suspeitos de participar dos atos de 8 de janeiro em Engenheiro Beltrão (PR). O "patriota" foi identificado por meio da coleta de impressões digitais nas vidraças do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Na investigação, ainda foram identificados vídeos que flagram a invasão do preso ao prédio do STF, com destaque para uma cena em que ele senta na cadeira de um dos ministros da Suprema Corte.
Os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão compõem a Operação Lesa Pátria, que segue com as investigações em curso. Os fatos investigados pelas diligências constituem possíveis crimes de ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, dando qualificado, golpe de Estado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens públicos especialmente protegidos.
Tecnologia
A tecnologia usada na prisão de mais um suspeito nesta 4ª, também foi utilizada para prender outros milhares de participantes dos atos antidemocráticos. A coleta das digitais foi um dos passos usados pelos peritos e investigadores da Polícia Federal.
Entre as ações previstas, os agentes recorreram à inteligência artificial com o uso de softwares para cruzar imagens e vestígios de DNA. Após os atos de 8 de janeiro, cerca de 100 peritos começaram a colher materiais que poderiam ter sido tocados pelos golpistas para colher amostras de DNA.
Os vestígios biológicos capturados em objetos na Esplanada foram cruzados com o material do Banco Nacional de Perfis Genéticos e com as informações dos DNAs obtidos dos detidos pela polícia - tudo com autorização judicial.
Para a identificação visual os policiais contaram com uma ferramenta, a Peritus, desenvolvida no Instituto Nacional de Criminalística (INC) e lançada pela Polícia Federal há quatro anos e em desenvolvimento contínuo.
A plataforma analisa conteúdo de vídeo (públicos e dos próprios celulares dos golpistas), comparação facial e fotogrametria forense, além de reconhecimentos de padrões de movimentos e até mesmo comparação de alturas. Mesmo com máscaras ou balaclavas, golpistas foram identificados.
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