Máquina permite ver cérebro em altíssima resolução; confira imagens
Aparelho de ressonância Iseult MRI é fruto de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento
Um novo e potente aparelho de scanner é capaz de fornecer imagens do cérebro humano em alta resolução, de forma nunca vista antes. Os especialistas acreditam que os detalhes exibidos pelo equipamento vão potencializar os estudos de doenças como Alzheimer, Parkinson e transtornos psiquiátricos.
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Nos últimos meses e após a liberação de órgãos reguladores de saúde, 20 voluntários se submeteram a testes da máquina de ressonância magnética Iseult MRI. A máquina, fruto de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento, fica em um laboratório em Saclay, cidade ao sul de Paris.
Em quatro minutos, a máquina gera imagens minuciosas do órgão graças ao campo magnético de 11,7 teslas – uma impressionante resolução para o curto período de captação. Para efeito de comparação, a mesma qualidade de imagem exigiria horas com scanners de ressonância magnética usados atualmente, que não ultrapassam 3 teslas.
O aparelho também permite monitorar a atuação do lítio no cérebro, substância presente em medicamentos para bipolaridade, acompanhar moléculas como glicose e glutamato, para facilitar o diagnóstico de doenças como gliomas e neurodegeneração
“Com o projeto Iseult, um mundo totalmente novo se abre diante dos nossos olhos e estamos entusiasmados em explorá-lo. Ainda precisamos de vários anos de investigação para desenvolver e melhorar os nossos métodos de aquisição e garantir que os dados tenham a mais alta qualidade possível. Nosso objetivo é investigar doenças neurodegenerativas até 2026-2030, bem como outras doenças que se enquadram mais na psiquiatria, como esquizofrenia e transtornos bipolares. As ciências cognitivas também terão uma importância fundamental na nossa investigação!”, explicou Nicolas Boulant, Chefe do projeto Iseult e Diretor de Investigação da Comissão de Energia Atômica da França (CEA)