Polícia

Policiais são presos por receber propina em troca de paralisar investigação de traficante em SP

De acordo com o Ministério Público, os agentes ostentavam patrimônio incompatível com o que recebiam do Estado; três envolvidos foram presos

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Um advogado e três policiais civis do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC) são alvos de investigação pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por suspeita de envolvimento em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e ligação a facção criminosa.

A Justiça também bloqueou bens dos suspeitos avaliados em R$ 1 milhão, quantia apontada na investigação — nomeada de Operação Mata-Nota — como propina paga aos policiais pelo advogado para paralisar uma investigação acerca de um traficante preso em 2024.

O investigador de polícia Murilo Muniz e o agente policial Alan Fernandes Dias, ambos do DENARC, e o advogado Ademilson Alves de Brito foram presos na manhã desta quarta-feira (10). O escrivão polícia Wander Tadeu de Araújo também está sendo investigado.

Segundo o MPSP, foi encontrado um vídeo em que os policiais conversavam sobre o recebimento de um dinheiro em troca de interromper as investigações sobre um traficante conhecido como "Costurado", integrante de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ele foi preso em flagrante em 2024 enquanto transportava 345 kg de entorpecentes em um caminhão frigorífico. Um laboratório de refino de drogas ligado a ele foi identificado na cidade de Jarinu, no interior de São Paulo, mas a investigação foi paralisada.

Com o dinheiro, os policias teriam comprado imóveis e ostentavam um patrimônio incompatível com os valores que recebiam do Estado. Em nota, o MPSP afirmou que o advogado investigado já tinha sido condenado em um processo de extorsão mediante sequestro e associação criminosa.

A investigação segue em curso.

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