Polícia prende homem apontado como um dos principais assaltantes de ônibus no Rio de Janeiro

A polícia do Rio de Janeiro prendeu Carlos Alberto Santos da Costa Filho, apontado como um dos maiores assaltantes de passageiros de ônibus do estado. Ele foi preso em flagrante dentro de casa.

Durante a operação, os policiais apreenderam um relógio roubado do filho de um policial civil e vários celulares de outras vítimas. Segundo as investigações, o criminoso agia sempre da mesma forma em todos os assaltos.

De acordo com a delegada Daniela Terra, “ele está sempre com uma arma de fogo na cintura. Mostra a arma para a vítima e pede todas as senhas do celular e os objetos que ela tem”.

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As imagens das câmeras de segurança de um ônibus mostram o momento em que o suspeito se senta ao lado de um jovem e, segundos depois, desce com o celular do passageiro na mão. Em seguida, ele foi flagrado em um caixa eletrônico, onde fez transferências e saques com o cartão da vítima.

Nas redes sociais, Carlos Alberto costumava ostentar dinheiro, relógios e outros objetos roubados. O homem tem 12 passagens pela polícia, ficou quatro anos preso e havia sido solto há apenas um ano, quando voltou a praticar os mesmos crimes.

De janeiro a agosto deste ano, foram registrados mais de 8.300 roubos e furtos em ônibus em todo o estado, segundo o Instituto de Segurança Pública. A média é de 34 assaltos por dia dentro de coletivos no Rio de Janeiro.

Passageiros relataram medo constante de andar de ônibus na cidade. O sindicato que representa as empresas de transporte reforça que a insegurança também atinge os trabalhadores do setor.

Segundo Paulo Valente, diretor de comunicação do RioÔnibus, “isso impacta diretamente no medo do usuário de utilizar o transporte público e também na questão dos rodoviários, porque nenhum motorista gosta de trabalhar em linhas que sabe que pode ser assaltado”.

O especialista em segurança pública José Ricardo Bandeira explica que o aumento dos assaltos em ônibus está ligado à diversificação das atividades criminosas por parte do tráfico de drogas. Ele também aponta falhas no planejamento do estado para combater o problema.

“Se tivermos um planejamento específico para analisar a mancha de criminalidade, identificando as regiões e horários onde esses crimes mais acontecem, com informações de inteligência e investigação, será possível traçar estratégias eficazes para reduzir esse tipo de crime”, afirma Bandeira.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que intensificou as ações contra roubos em ônibus, com policiamento específico, uso do Batalhão Tático de Motociclistas e rondas em vias expressas.