Atentado em Moscou: Putin decreta luto nacional e promete punição a terroristas; número de mortos sobe para 133
Ataque armado deixou mais de 100 feridos; ato foi reivindicado pelo Estado Islâmico
Camila Stucaluc
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez o primeiro comentário público sobre o atentado no Crocus City Hall, em Moscou. Em pronunciamento neste sábado (23), o líder lamentou as mais de 130 mortes provocadas pelo ataque e decretou domingo (24) como dia de luto nacional. Ele também prometeu identificar e punir todos os terroristas.
"Os organizadores do ataque terrorista preparavam uma execução demonstrativa e um ato sangrento de intimidação. A Federação Russa identificará e punirá todos os que prepararam o ataque terrorista. Só a retribuição e o esquecimento aguardam os terroristas. O dever comum dos russos agora é estar juntos como um só", disse Putin.
O ataque ocorreu na noite dessa sexta (22). Na hora, ao menos cinco homens armados com fuzis invadiram o local enquanto a banda Picnic se preparava para se apresentar e começaram a atirar contra os civis. Até o momento, o Comitê de Investigação Nacional calcula 133 mortos, além de mais de 100 feridos – a maioria em estado grave.
"Os médicos agora lutam pela vida das vítimas, que estão em estado grave. Tenho certeza de que farão todo o possível e até mesmo impossível para preservar a vida e a saúde de todos os feridos. Não posso ignorar a ajuda de cidadãos comuns que, nos primeiros minutos após a tragédia, não ficaram indiferentes e, juntamente com médicos e agentes de segurança, prestaram os primeiros socorros", reforçou Putin.
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Inicialmente, as autoridades suspeitaram que o ataque havia sido executado com participação da Ucrânia, uma vez que 11 suspeitos foram presos, incluindo quatro atiradores, enquanto tentavam atravessar a fronteira. Kiev negou qualquer envolvimento, o que foi confirmado depois que o Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado.
Comunidade internacional condena atentado
Esse foi o ataque mais mortal na Rússia em anos. O ato, que ocorreu poucos dias após Putin ser reeleito presidente, foi condenado por autoridades internacionais.
Entre eles estão os Estados Unidos, que, apesar de estarem contra Moscou na guerra na Ucrânia, emitiu um comunicado oferecendo condolências ao povo russo pelas vidas perdidas.