Economia

Brasileiros cortam excessos e priorizam o essencial para Natal, diz pesquisa

Data é vista com cautela para não prejudicar finanças; metade da população descarta comprar presentes

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Reprodução de ceia de Natal | Pexels

O espírito natalino deste ano vem acompanhado de cálculos e cautela. É o que aponta um levantamento inédito realizado pela Hibou, instituto especializado em monitoramento e insights de consumo, feito com 1.433 brasileiros. Ao todo, 14% dos participantes disseram que o Natal deste ano será “pior” do que o do ano passado, quando comparado o quesito financeiro.

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O dado mais alarmante para o varejo é a queda na intenção de presentear. Pela primeira vez nos últimos anos, menos da metade da população (49%) afirma categoricamente que vai adquirir presentes. A justificativa é direta: 31% não vão comprar porque "não têm dinheiro", 17% estão endividados e 15% querem economizar.

Entre os que vão abrir a carteira, a lista é restrita ao núcleo familiar mais íntimo: filhos (54%), pais (49%) e cônjuges (47%) lideram. O destaque curioso fica para o auto-presente: 20% dos brasileiros admitiram que vão comprar presente para "eu mesmo", um índice que empatou tecnicamente com afilhados (20%) e supera os tios e primos.

Quando perguntados sobre o que gostariam de ganhar, as respostas transcendem o material. Embora "vestuário" lidere com 20%, o segundo lugar é ocupado por "saúde/paz" (16%), seguido por "viagem" (12%) e "dinheiro" (10%). Em uma única palavra, o Natal é definido como "família" (16%), "nascimento de Jesus" (13%) e "amor" (11%).

"O brasileiro está vivendo um Natal mais seletivo na escolha de quem presentear. Não é só sobre gastar menos, é sobre repensar o que vale a pena. Quando vemos que apenas 49% vão presentear e que o desejo número dois é ‘saúde e paz’, fica claro que 2025 marca a virada do consumo para a sobrevivência emocional", analisa Ligia Mello, CSO da Hibou.

No geral, o ticket médio do presente deve ficar na faixa de R$ 250 a R$ 500 para 28% das pessoas. O que reina absoluto são roupas e acessórios (64%), seguidos por perfumes/cosméticos (36%) e brinquedos (35%). Em relação ao local de compras, 66% optam pelo e-commerce, superando as aquisições em shoppings (48%) e em lojas de rua (43%).

Já na hora da ceia, a tradição fala alto, mas com mudanças sutis no cardápio. O peru assado mantém a coroa, presente em 17% das mesas, enquanto o Chester teve leve redução na mesa do brasileiro, de 11% para 10%. O pernil (9%) e a rabanada (8%) seguem firmes. Para custear a festa (comida, bebida e decoração), 26% pretende gastar entre R$ 250 e R$ 500 a mais do que sua rotina mensal.

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