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Tecnologia

Neuralink: 1º chip cerebral foi instalado em paciente, diz Elon Musk

Segundo magnata dono da Tesla e SpaceX, implante em humano já tem resultados 'promissores'

Imagem da noticia Neuralink: 1º chip cerebral foi instalado em paciente, diz Elon Musk
Anúncio foi feito nas redes sociais pelo cofundador da Neuralink, Elon Musk | Reprodução/Neuralink
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Enfim, o Neuralink instalou o primeiro chip cerebral em um humano. Quem fez o anúncio foi o dono da empresa de neurotecnologia, Elon Musk, em uma publicação na (sua) plataforma de rede social X, na noite de segunda-feira (29). O dispositivo foi batizado de Telepatia.

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O magnata dono da SpaceX, X e da Tesla afirmou que o dispositivo vai permitir que humanos possam controlar dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, por meio do pensamento. E argumentou que os primeiros beneficiados são aqueles que não conseguem se locomover.

O bilionário chegou a citar o cientista Stephen Hawking como possível beneficiado pela tecnologia. O físico, morto em 2018, tinha Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

"Os primeiros usuários serão aqueles que perderam o uso dos membros. Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um digitador rápido ou um leiloeiro. Esse é o objetivo", afirmou.

Musk explicou que o paciente que recebeu o implante Telepatia está se recuperando bem.

"O primeiro humano recebeu ontem um implante da Neuralink e está se recuperando bem. Os resultados iniciais mostram uma promissora detecção de picos de neurônios", publicou Musk no X.

O implante tem o tamanho de uma moeda e é colocado dentro do cérebro por meio de uma cirurgia.

Desde 2016, a Neuralink vem realizando testes com animais para mostrar que a tecnologia é viável para para humanos. Um macaco chegou a jogar o videogame Pong usando apenas a mente.

 

Chip chegou a ser barrado pela FDA

Em 2023, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, equivalente à Anvisa, no Brasil, chegou a recusar o pedido da Neuralink para fazer testes de implantes cerebrais em humanos por causa de preocupações relacionadas ao dispositivo.

A FDA indagou sobre a bateria de lítio dos dispositivos, o possível superaquecimento do aparelho, que poderia migrar para outras partes do cérebro, devido aos fios do implante

Outros pontos de preocupação colocados pela autoridade de saúde foram a forma de remoção dos chips e a probabilidade de infecção ou rejeição do implante por parte do corpo do usuário.

+ Neuralink consegue autorização da FDA para testar implantes em cérebros humanos

Neuralink visa à singularidade

No primeiro momento, a Neuralink deve focar em doenças graves, consideradas sem cura pela medicina atual | Reprodução/Neuralink
No primeiro momento, a Neuralink deve focar em doenças graves, consideradas sem cura pela medicina atual | Reprodução/Neuralink

A Neuralink foi fundada em 2016 e tem o objetivo de construir canais de comunicação direta entre o cérebro e computadores de forma eficiente, para otimizar as capacidades humanas e tratar doenças como Parkinson e transtornos cognitivos.

Instalada na Califórnia, a empresa tem como objetivo máximo alcançar a singularidade, ou seja, construir uma relação simbiótica entre humanos e inteligência artificial.

Corrida do implante no cérebro

Não é apenas a empresa de Elon Musk que busca "hackear" o cérebro humano. Outras empresas pelo mundo correm contra o tempo para desenvolver um implante cerebral com interface cérebro-computador eficiente para humanos.

ARC-IM (Holanda)

Implante ARC, da Holanda, que devolveu movimentos para tetraplégicos | Divulgação/Onward
Implante ARC, da Holanda, que devolveu movimentos para tetraplégicos | Divulgação/Onward

Em setembro de 2023, a empresa holandesa Onward anunciou o seu primeiro implante cerebral humano, o ARC-IM, para restaurar a função do braço da mão e dos dedos para tetraplégicos.

Wimagine (França)

Wimagine, da França, são dois chipe que permitiram o movimento dos braços de um paciente | Divulgação/UGA/Cinatec
Wimagine, da França, são dois chips que permitiram o movimento dos braços de um paciente |  Divulgação/UGA/Cinatec

Em 2017, cientistas e pesquisadores do instituto Cinatec em parceria com a Universidade Grenoble Alpes (UGA) desenvolveram o Wimagine, implante cerebral que permitiu um paciente tetraplégico equipado com exoesqueleto movimentar seus membros. 

Isso aconteceu por meio de transmissão de sinais cerebrais em tempo real para o implante no corpo. Os resultados foram publicados em 2019 na revista The Lancet Neurology e no site da universidade francesa. 

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