Neuralink consegue autorização da FDA para testar implantes em cérebros humanos
Empresa de Elon Musk desenvolve chip voltado para pessoas com doenças graves
Cido Coelho
A startup de neurotecnologia Neuralink, liderada por Elon Musk, conseguiu a aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, para realizar estudos clínicos com uso de implantes cerebrais em humanos.
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A autorização foi celebrada nas redes sociais da empresa, que considerou como "um primeiro passo importante" para o desenvolvimento da tecnologia.
"Este é o resultado de um trabalho incrível da equipe Neuralink em estreita colaboração com o FDA e representa um primeiro passo importante que um dia permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas", celebrou a empresa na rede social Twitter.
We are excited to share that we have received the FDA?s approval to launch our first-in-human clinical study!
? Neuralink (@neuralink) May 25, 2023
This is the result of incredible work by the Neuralink team in close collaboration with the FDA and represents an important first step that will one day allow our?
Segundo o canal de notícias CNBC, ainda não há informações sobre como será o estudo e como será o recrutamento de pacientes para o ensaio clínico.
No primeiro momento, a Neuralink deve focar em doenças graves, consideradas sem cura pela medicina atual.
Entre as pesquisas já divulgadas pela companhia de Musk, está o implante cerebral Link, que tem o objetivo de ajudar pacientes com paralisia severa a controlar tecnologias externas por meio dos sinais neurais, ou seja, vindos direto do cérebro.
O Link seria destinado prioritariamente para pacientes que sofrem de doenças degenerativas como ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), pois o implante poderia ajudar pacientes com a moléstia a voltar a se recuperar.
Em março, FDA tinha recusado autorização
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, equivalente a Anvisa, no Brasil, recusou o pedido da Neuralink para fazer testes de implantes cerebrais em humanos.
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Segundo um relatório obtido pela agência de notícias Reuters, a FDA teria dado a recusa no ano passado. Além disso, segundo relatos de funcionários e ex-funcionários da Neuralink, a negativa foi por conta de preocupações relacionadas aos chips.
A FDA indagou sobre a bateria de lítio dos dispositivos, o possível superaquecimento do aparelho, que poderia migrar para outras partes do cérebro, devido aos fios do implante da empresa de Musk.
Em 2021, a Neuralink divulgou um vídeo onde o macaco Pager joga o videogame Pong usando apenas a habilidade da mente, que tem o implante cerebral.
Essa imagem tornou-se um combustível de acusações contra a empresa de Elon Musk por maus-tratos contra animais.