Jovem gasta R$ 53 mil mensais com "namoradas de IA" e deixa executivo de tecnologia perplexo
Mercado de aplicativos de namoro avaliado em US$ 9 bi pode ser superado pela indústria de namoradas de inteligência artificial, avalia especialista
O ex-executivo da WeWork Greg Isenberg fez uma publicação perplexa sobre o futuro do mercado de namoro, que, segundo ele, será impactado pelas inteligências artificiais (IA).
Isenberg testemunhou um jovem de Miami que afirmava gastar US$ 10 mil (mais de R$ 50 mil) mensais nas "namoradas de IA", que são os chatbots que simulam relacionamentos.
Assim como o ChatGPT, Gemini, Copilot e outros, os chatbots de relacionamento com IA simulam conversas afetivas e acolhedoras para jovens que se sentem solitários, que têm dificuldades de se relacionar com outras pessoas.
Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), ele também explicou que logo alguém pode capitalizar esse mercado de relacionamentos com IA da mesma forma que o Match Group (dono do Tinder, OkCupid, Match.com e entre outros) faz com os aplicativos de namoro. O mercado dos aplicativos de namoro convencional está avaliado em US$ 9 bilhões (R$ 47 bilhões).
"Achei que ele estivesse brincando", argumenta Isenberg. "Mas, ele é um cara solteiro de 24 anos que adora [a namorada de IA]".
A publicação, que teve mais de 3 milhões de visualizações, relata sua perplexidade sobre como o jovem interagia com a tecnologia.
"Perguntei a ele o que ele amava nisso. Ele: Algumas pessoas jogam videogame, eu jogo com namoradas de IA. Adoro poder usar notas de voz agora com minhas amigas com IA. Posso personalizar minha namorada com IA. Gosto, não gosto, etc. É um conforto, no final do dia".
Perplexo, o empresário escreveu na publicação na rede social.
"Sem palavras."
O jovem ainda relatou que gostava de acessar as namoradas de IA do Candy Dot AI e Kupid Dot AI, mesmo não sendo reais, e que a experiência é a mesma dos aplicativos tradicionais de namoro.
O executivo de tecnologia ainda reforçou o estranhamento ao observar que as fotos da mulheres "parecem reais, mas não são": "as coisas estão prestes a ficar bem estranhas", disse
