Embaixada Argentina em Caracas é cercada por forças venezuelanas
Instalação, sob proteção brasileira, abriga seis asilados na mira de Maduro
Forças venezuelanas cercaram a Embaixada da Argentina em Caracas, que está sob responsabilidade do Brasil desde 5 de agosto, quando o regime de Nicolás Maduro expulsou os diplomatas argentinos.
Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da campanha de María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, compartilhou no Instagram imagens de homens encapuzados chegando em carros e fortemente armados ao redor da embaixada sob proteção brasileira.
As imagens publicadas no perfil de Urruchurtu mostram veículos das forças de segurança patrulhando as ruas. A energia do prédio teria sido cortada.
Situação 21h em frente à residência argentina em Caracas, protegida e vigiada pelo governo brasileiro. Funcionários encapuzados e armados do DAET e do SEBIN permanecem cercando a sede diplomática, relata Noselli.
Ao g1, o Itamaraty declarou que o foco é garantir a segurança de todos os presentes na embaixada.
O governo argentino prometeu acionar o Tribunal Penal Internacional para exigir a prisão de Maduro e outros líderes venezuelanos.
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Na última segunda-feira (2), a Justiça venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra Edmundo Gonzalez, candidato da coalizão opositora, que contesta os resultados eleitorais durante o governo de Maduro.
De acordo com o Ministério Público local, Gonzalez não respondeu a três intimações judiciais para depor sobre as acusações de fraude eleitoral.
Mais de 2.400 pessoas foram presas desde as eleições, realizadas em 28 de julho.
"Esta é a situação às 22h20 do dia 6 de setembro em frente à residência argentina em Caracas, protegida pelo Brasil. Chegam mais oficiais encapuzados e armados e mais patrulhas", disse Noselli.