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Autoridade Nacional de Proteção de Dados fiscaliza empresa que coleta íris em troca de dinheiro

Órgão faz alerta sobre a venda de dados sensíveis. Tools for Humanity nega irregularidade e afirma que segue legislação vigente no país

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) anunciou nesta quarta-feira (15) que está fiscalizando as atividades da empresa Worldcoin, fundada por Sam Altman, também criador da OpenAI, responsável pelo CHATGPT. A empresa ganhou destaque recentemente por realizar pagamento em dinheiro para escaneamento de íris.

De acordo com a Worldcoin, as imagens são deletadas e substituídas por um código anônimo, com o objetivo de criar um sistema de verificação de identidade humana única.

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A Worldcoin paga cerca de R$700 pelo escaneamento da íris, com a compensação feita em criptomoedas da própria plataforma. Aproximadamente 400 mil brasileiros já participaram do projeto, segundo apuração do UOL.

Em comunicado, a ANPD informou que o processo de fiscalização sobre o tratamento de dados biométricos dos usuários foi iniciado em novembro de 2024, além de solicitar esclarecimentos sobre a gestão e a proteção desses dados.

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"Os dados pessoais biométricos, tais como a palma da mão, as digitais dos dedos, a retina ou a íris dos olhos, o formato da face, a voz e a maneira de andar constituem dados pessoais sensíveis. Em razão dos riscos mais elevados que o tratamento desse tipo de dado pessoal pode oferecer, o legislador conferiu a eles regime de proteção mais rigoroso, limitando as hipóteses legais que autorizam o seu tratamento", afirmou o órgão em comunicado.

O que diz a Worldcoin

Em nota enviada ao SBT News, a empresa informou que preserva a privacidade individual, além de funcionar com todas as leis e regulamentos aplicáveis do Brasil, em relação ao tratamento de dados.

Veja o posicionamento na íntegra:

"A rede World está criando as ferramentas que as pessoas precisam para se preparar para a era da IA, ao mesmo tempo preservando a privacidade individual.

Não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questões. A Fundação World acredita que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas preocupações. A Fundação World está em total conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis ​​que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde a World opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei de Proteção de Dados Pessoais do Brasil ou LGPD (13.709/2018). Por meio do uso de tecnologia de ponta, a World define os mais altos padrões de privacidade e segurança e incorpora recursos avançados de preservação da privacidade.

A Fundação World dá alta prioridade ao envolvimento com indivíduos e organizações para responder a quaisquer perguntas que possam ter e garantir a transparência em nossas operações e continuará a colaborar ativamente e oferecer as informações necessárias para garantir a compreensão completa de sua tecnologia".

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