Anac avalia regulamentação de carros voadores no Brasil
Equipamentos prometem revolucionar a mobilidade urbana com voos curtos e sustentáveis, enquanto regulamentação avança no país
SBT Brasil
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que já recebeu três pedidos de certificação de empresas interessadas em lançar carros voadores no Brasil. Esses veículos, chamados de "eVTOLs" (sigla em inglês para Veículos Elétricos de Decolagem e Pouso Vertical), utilizam motores elétricos e são projetados para deslocamentos curtos em áreas urbanas.
A promessa é oferecer uma alternativa menos poluente e mais econômica que os helicópteros.
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No Brasil, um dos modelos apresentados tem autonomia de 30 quilômetros, capacidade para dois passageiros e atinge velocidades de até 100 km/h. Segundo Jeovan Alencar, gerente da empresa responsável por trazer a tecnologia ao país, a operação é feita de forma remota, com auxílio de inteligência artificial.
"Todo o planejamento é feito no computador, informando pontos de partida, destino e locais de pouso de emergência. Basta entrar no veículo e acionar o comando de decolagem", explica.
Apesar de ainda não transportarem passageiros, a ANAC já iniciou o processo de regulamentação, e fabricantes esperam que o mercado esteja operacional até 2026.
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O futuro parece promissor, mas a segurança é um dos pontos centrais. "Esses veículos possuem redundâncias em equipamentos essenciais, como motores e hélices, garantindo a segurança mesmo em situações de falha", assegura Alencar.
Os custos, no entanto, ainda são altos: cada unidade chega a custar R$ 3,5 milhões. Em setembro, foi realizado o primeiro voo-teste no Brasil sem passageiros, no interior de São Paulo, já autorizado pela ANAC. Com três empresas na fila de certificação, incluindo a Embraer, a era dos carros voadores no Brasil parece mais próxima do que nunca.