4 em cada 10 brasileiros sofreram golpes, diz Serasa Experian
Levantamento aponta também que preocupação das empresas com fraudes aumentou 58%
Quatro em cada dez brasileiros sofreram fraudes no Brasil. Número é do "Relatório de Identidade e Fraude 2024" divulgado pela Serasa Experian, realizada com pessoas físicas e jurídicas em novembro de 2023, que foi divulgado durante a Febraban Tech, que acontece em São Paulo.
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Segundo o levantamento, 42% dos entrevistados já sofreram golpes, sendo que destes, 57% tiveram perda de R$ 2.288 em média, ou quase um salário mínimo e meio de prejuízo.
As empresas também mostram um momento de preocupação com o aumento de golpes no país. O dado aponta que em um ano esse medo com as fraudes subiu 58% em um ano.
“O avanço tecnológico é um ganho irrefutável para todos, mas, na mesma medida, os criminosos também se aprimoram para aproveitar as brechas dos consumidores, além dos sistemas que as empresas eventualmente deixam. Tanto consumidores quanto empresas devem estar vigilantes e utilizar todas as ferramentas disponíveis para proteger suas informações e transações", explica Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude.
Pessoas físicas sofrem fraudes nos cartões de crédito
A pesquisa com 804 consumidores, pessoas físicas, realizada em todas as regiões brasileiras aponta uma grande preocupação com fraudes nos cartões de crédito.
Os golpes mais relatados pelos consumidores pessoas físicas são pelo uso de cartões de crédito por terceiros ou falsificados (39%), seguido por fraude financeira por pagamento de boleto falso ou Pix (32%), phishing (comunicação fraudulenta que emula fonte confiável) (21%), 15% relatam invasão de contas de redes sociais ou de bancos roubados e 11% por exposição de dados pessoais na internet.
- A pesquisa também relata que 26% das fraudes aconteceram em 2022 e 31% antes deste período.
- Em 2023, o número é menor: 10% no primeiro trimestre, 9% no segundo trimestre e 15% no terceiro.
Para quem sofreu uma fraude, 8 em cada 10 (87%) dizem que a preocupação sobre o assunto aumentou. O número salta para 91% quando se considera o recorte de pessoas que tiveram perdas financeiras. O dado também mostra que 42% das vítimas de fraudes, destas:
- 46% são da classe B;
- 35% são da classe C;
- 48% têm mais de 50 anos;
- 46% vivem no interior do país;
- 40% são das capitais e regiões metropolitanas.
O levantamento aconteceu entre os dias 7 e 22 de novembro, no qual a margem de erro para este grupo levantado é de 3,5%, com intervalo de confiança de 95%.
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Empresas se preocupam mais com vazamento de dados do que com inadimplência
Em relação às 331 empresas, ou pessoas jurídicas pesquisadas, o estudo relata que 58% delas afirmam que a preocupação com os golpes cresceu entre 2022 e 2024. Índice maior entre as empresas de grande porte, que sobem para 68%, assim sendo as mais preocupadas e conscientes sobre a prevenção contra os golpes.
- 35% das empresas focam em Proteção de Operações Fraudulentas;
- 35% das empresas pensam em Conquistar mais Clientes;
Com isso, a prioridade dos investimentos com fraude ocupou do quinto lugar em 2022, para o terceiro neste ano, ficando atrás apenas de Gestão de Clientes e de Marketing e Comunicação.
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Em casos em que há tentativa de fraudes, as empresas demonstram preocupação em questões relacionadas à segurança da informação:
- 49% com Vazamento de Dados de Clientes;
- 48% com Perdas Financeiras;
- 39% com Vazamento de Dados Próprios;
- 35% com Inadimplência;
- 34% com Roubo de Informações Estratégicas;
- 28% com Fraude de Identidade;
- 16% com Perda de Mercadorias.
Para prevenir fraudes, as empresas têm considerado métodos de autenticação e prevenção à fraudes por meio das estratégias como “Análise de Documentos” (49%), “Análise de Score de Clientes” (36%), “Análise de Score das Empresas” (28%), “Análise de operações de cartões de crédito” (22%) e “Análise de Dispositivos” (19%).
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A pesquisa com essa categoria aconteceu em todas as regiões brasileiras dos mais diversos segmentos, privadas, nacionais, estatais e multinacionais, dos setores de serviços, comércio varejista, comércio atacadista dos portes grande, médio, pequeno e micro. A margem de erro é de 5,4%, com intervalo de confiança de 95%.