Pix: tecnologia de Fintech brasileira evita fraudes de mais de R$ 20 bi
Criadores do sistema antifraude ganham prêmio internacional; no Brasil, somente o BC tinha sido premiado
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Com a ascensão acelerada das compras, vendas e transações online via Pix cresceram também as tentativas de fraudes e golpes no Brasil. Um levantamento recente feito pela ACI WorldWide indicou que o Brasil é o 2º país com mais transações em tempo real do mundo. Só em 2022 foram registradas 29,2 bilhões de transações no país, o equivalente a 15% do total registrado no planeta, de 195 bilhões.
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Porém, a modalidade lançada pelo Banco Central em novembro de 2020 ainda enfrenta resistência de parte dos brasileiros, apesar dos benefícios de ser gratuita e instantânea. Os "antipix" são formados, sobretudo, por dois grupos, segundo levantamento feito pelo Banco Central. O primeiro é o de jovens, com idade abaixo de 19 anos, devido a questões financeiras, já que muitos desses consumidores não tem renda fixa.
Na outra ponta, está o público com 50 anos ou mais, que tem renda, mas temem fraudes ou roubos. Somente três a cada dez pessoas desse grupo etário usam o Pix. Esse número é ainda pior quando avaliada a população com 60 anos ou mais. Nesse caso, apenas duas em cada dez pessoas usam a transferência, ou seja, só 18%.
Para trazer mais segurança às transações financeiras com Pix, empresas e bancos buscam tecnologias e formas de evitar golpes. A Fintech QI Tech desenvolveu o Pix Antifraude -- tecnologia que protege as transações do Pix. A companhia analisa mensalmente 1,3 milhões de usuários e já atingiu a marca de 13 milhões de cadastros validados e provas de vida, evitando que mais de R$ 20 bilhões fossem fraudados.
Com esse resultado, a Fintech (sociedade crédito) recebeu nesta 4ª feira (14.jun), o prêmio na categoria Cyber Security Partner Award de 2023 por apresentar uma tecnologia que aprimora o reconhecimento facial e auxilia no combate às fraudes nas transações do Pix. O prêmio é organizado pelo Central Banking -- editora especializada em políticas públicas e mercados financeiros, com ênfase em bancos centrais do mundo inteiro.
"O Pix é uma tecnologia incrível e que revolucionou a maneira de se fazer pagamentos no país, e com o crescimento na sua adoção, cresceu também o número de fraudes. Com o antifraude da QI Tech, trazemos diversas camadas adicionais de segurança usando o reconhecimento facial e prova de vida para analisar de maneira instantânea cada transação, evitando as fraudes, permitindo que clientes e empresas se beneficiem desse meio de pagamento" diz Gabriel Scherer, head da tecnologia antifraude do Pix e sócio da companhia.
A tecnologia já está em funcionamento no Brasil, sendo utilizada por mais de dez bancos na lista de clientes, além dos três maiores marketplaces do Brasil e um dos maiores aplicativos de abastecimento de combustível do país. Dentre os divulgados estão os reconhecidos: Quinto Andar, Vivo, Enjoei, Unidas, 99 e o Banco Bari.
Dar confiança
O consumidor ou usuário do Pix acaba beneficiado quando as empresas, bancos e financeiras melhoram tecnologia e formas de evitar golpes.
"Ter uma ferramenta como antifraude para o Pix permite que o usuário tenha mais segurança na hora de uma transação, e facilita a adoção do uso do Pix para todas as pessoas e faixas etárias. Com uma camada adicional de segurança, as pessoas podem usar essa tecnologia sem tanto receio. O fato de ter uma tecnologia que foi pensada especificamente numa experiência mais segura para as pessoas favorece a democratização do uso do Pix, quebrando barreiras para que quem se sentia vulnerável em utilizar a ferramenta não se sinta mais a mercê dos bandidos que se aproveitam dessa solução para cometer fraudes", argumenta Scherer.