Samsung investe US$ 230 bi para ter maior fábrica de semicondutores do mundo
Investimento será feito pelos próximos 20 anos e faz parte da política de governo da Coreia do Sul
Cido Coelho
A empresa coreana de tecnologia e eletrônicos Samsung anunciou nesta 4ª feira (15.mar) que espera investir 300 trilhões de wons, ou US$ 230 bilhões, nos próximos 20 anos para construir a maior fábrica de semicondutores do mundo, que vai ser instalada próximo a capital, Seul.
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Segundo o South China Morning Post, a 'megafábrica' de chips será construída na província de Gyeonggi até 2042. Lá será ancorada por cinco novas fábricas de semicondutores construídas pela Samsung.
O Ministério do Comércio, Indústria e Energia da Coreia do Sul espera atrair outras 150 empresas que produzem materiais e componentes, além de projetos de chips de alta tecnologia.
As novas fábricas da Samsung ficarão próximas a outras instalações domésticas já existentes e vão produzir chips de memória usados para armazenamento de dados e chips lógicos, para executar uma gama mais ampla de funções.
A empresa espera atender o aumento da demanda que deve ocorrer nos próximos anos com a adoção de novas tecnologias como redes sem fio 5G, carros autônomos e inteligência artificial.
A construção da fábrica faz parte de uma estratégia do governo coreano para promover as seis principais indústrias de tecnologia que o país considera cruciais para sua economia.
Além dos semicondutores, estão nos planos, baterias recarregáveis, veículos elétricos, robótica, displays e biotecnologia.
O governo espera atrair cerca de US$ 420 bilhões em investimentos privados até 2026.
O plano da Coreia do Sul acontece em meio a uma corrida tecnológica que acontece entre Estados Unidos, Japão e China em busca do desenvolvimento de fabricação doméstica de chips, com implantação de medidas protecionistas, corte de impostos e subsídios para atrair investimentos.
O presidente da Coreia do Sul disse nesta 4ª feira a líderes empresariais que "os principais motores de crescimento econômico, segurança e ativos estratégicos estão diretamente ligados à criação de empregos e meios de subsistência".
"[A Coreia do Sul] possui capacidades e tecnologias de fabricação de classe mundial em várias indústrias de alta tecnologia, como semicondutores, baterias secundárias e telas, mas o apoio [do governo] e as condições regulatórias têm sido insuficientes", disse o Ministério do Comércio em um comunicado divulgado à imprensa local.
