Entenda o que diferencia um jogo tradicional de um esporte eletrônico
Esportes eletrônicos já são uma realidade no Brasil e movimentam milhões de dólares
Armindo Ferreira
Recentemente, a ministra do Esporte, Ana Moser, declarou que os jogos eletrônicos não estão no radar da pasta. As falas da ex-atleta repercutiram no mundo dos games e dos esportes com discussões acaloradas. A primeira foi uma comparação da preparação de um jogador profissional com uma cantora, e a segunda de que "o jogo eletrônico não é imprevisível".
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Longe de querer entrar na polêmica sobre o fato de esportes eletrônicos serem considerados um "esporte", ou se deveria receber políticas públicas para isso, seja na pasta de Esportes, Tecnologia ou Cultura, resolvi abordar o tema justamente para explicar o que diferencia um jogo tradicional de um considerado "esporte eletrônico".
Os games dessa modalidade normalmente têm times que se enfrentam em campos de batalha virtual. Diferente do falado pela ministra, eles não são previsíveis. Ao contrário, o resultado da partida depende de qual estratégia foi adotada por cada equipe em diversas escolhas, que vão desde os personagens (e suas habilidades variadas) até o caminho que será percorrido até a vitória.
É o caso do jogo League of Legends, onde times de 5 jogadores precisam destruir a base adversária. Para isso, eles podem escolher personagens com pontos fortes e fracos e definir como avançam no mapa que possui três rotas distintas. É a escolha da melhor estratégia de avanço, dos melhores personagens, e da sinergia do time que vai definir o campeão da partida. Além disso, as transmissões do CBLoL --- Campeonato Brasileiro de League Of Legends --- contam com narradores, comentaristas e prêmios milionários. Para este ano, a Riot (criadora do game e responsável pelo campeonato) anunciou que o prêmio será de R$ 1,2 milhão.