Futuro da Mídia: Brasil e Japão construíndo a TV 3.0
SBT News conversou com Masayuki Takada, chairman do DiBEG, que falou da parceria entre os países
SBT News
A relação entre Brasil e Japão na tecnologia de televisão que gerou frutos e tornou uma das mais avançadas no mundo.
O SBT News conversou com um dos principais especialistas da tecnologia de televisão digital japonesa, Masayuki Takada, chairman do DiBEG (Digital Broadcasting Experts Group), entidade promotora da tecnologia ISDB-T, que falou sobre o cenário atual de parceria tecnológica entre os dois países.
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SBT News -- O Japão como um país precursor da tecnologia da TV digital, em que momento essa tecnologia, esse processo de desenvolvimento da TV digital está no seu país?
Masayuki Takada -- Em primeiro lugar, o Brasil entre 2000 a 2006 adotou o modelo japonês ISDB (Serviço Integrado de Transmissão Digital Terrestre). Graças ao ISDB, a recepção em movimento pode ser realizada em grande capacidade e foi adotado porque o desempenho também foi bom e, depois, Japão e Brasil tiveram uma relação cooperativa.
A DiBEG participou do Fórum Sistema Brasileiro de TV Digital (Fórum SBTVD) no Brasil, onde dizemos que temos trocado informações técnicas. E também temos trabalhado juntos para espalhar o ISDB para a America Latina.
Em tal relação, enquanto trocavam informações uns com os outros, estamos relacionados com que temos conduzidos atividades de divulgação no exterior.
SBT News -- Pelo o que o senhor diz, há uma relação de confiança entre as duas nações, entre as empresas integrantes deste processo em prol da tecnologia. Como isso deve se encaminhar futuramente e qual futuro dessa relação e dessa tecnologia? Qual é o horizonte que o senhor gostaria de apontar para este relacionamento e a melhor utilização da tecnologia pelas duas nações, pelas empresas envolvidas e pelos usuários desta tecnologia?
Masayuki Takada -- Atualmente existe um novo terreno no Japão para o ISDB avançado. Os padrões de radiofusão digital estão em desenvolvimento. Então, o Brasil tem agora um novo padrão, estamos tentando padronizar algo chamado TV 3.0 em cooperação com o Brasil.
"A fim de continuar o bom relacionamento que existe até agora, tanto quanto possível, acho que é desejável ter o mesmo padrão possível, até onde estamos hoje".
Mesmo que falemos sobre comunidade, não se decide se estamos usando ou não tecnologia comum como uma direção. Por exemplo, com codificação de vídeo usando VMC ou codificação de voz, usando áudio de três dias em MPEG, ou algo assim.
Usando tecnologias comuns podemos ajudar uns aos outros. Trocar informações e continuar usando a transmissão terrestre digital de última geração.
"Se pudermos continuar a ter uma relação cooperativa, acho que é mais importante à tecnologia em comum".
Novos serviços com novas tecnologias. Por exemplo, novos serviços usando dispositivos de realidade virtual e tablets. É aí que entra a relação cooperativa, espero que continue sendo realizada.
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Produção e entrevistas por Cido Coelho e Guto Abranches
Edição de imagens: Cézar Camilo
Edição por Cido Coelho