Lyft desaba na bolsa, Uber tem prejuízo e ambas perdem valor de mercado
Ações da Lyft cairam 35% na 4ªfeira (04.mai) após anúncio perda de motoristas e lucro menor
A principal concorrente da Uber nos Estados Unidos, a Lyft, vem passando por dificuldades no mercado após suas ações desabarem 35% na última 4ªfeira (04.mai), após a empresa revelar em seu balanço que precisará investir mais para atrair mais motoristas e, com isso, derrubando a entrega do lucro, inferior ao que os investidores esperavam no próximo trimestre.
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A perspectiva pessimista da Lyft impactou as ações da Uber, que tiveram queda de 12% no mercado, o que levou a empresa a antecipar a divulgação dos seus dados financeiros par aconter a sangria do seu valor de mercado.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, o presidente da Lyft, John Zimmer, não está conseguindo repor o quadro de motoristas, o número está abaixo do esperado, mesmo com o momento de baixa na pandemia do coronavírus.
Desde 3ªfeira (03.mai), a empresa acumulou US$ 3,2 bilhões em perda de valor de mercado.
A empresa descreveu em seu relatório que no próximo período fiscal, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para um valor de US$ 10 milhões e US$ 20 milhões, número abaixo dos US$ 54,8 milhões do trimestre, que foi divulgado na 3ªfeira (3.mai). Segundo os analistas da Refinitiv, o EBITDA esperado era de US$ 82,5 milhões.
Com isso, os custos com motoristas tiveram impacto, devido a pagamentos de taxas maiores para reter os profissionais na empresa de aplicativo, com isso, reduzindo o lucro da companhia.
Uber está otimista, mas tem prejuízo
A Uber não conseguiu registrar lucro no trimestre, mesmo com alta de 136% na receita em relação ao mesmo período do ano passado, e registrou prejuízo em US$ 5,9 bilhões.
No entanto, segundo a agência Reuters, a empresa registrou um bom desempenho no aumento da base de motoristas, que segue em alta.
No primeiro trimestre de 2022, a Uber conseguiu voltar a ter o mesmo número de corridas que fazia em 2019, no período pré-pandemia, chegando a registrar 115 milhões de usuários mensais no aplicativo durante o primeiro trimestre, crescendo 17% em relação ao mesmo período do ano passado.
