Música vendida no streaming bate recorde em 2021, diz relatório
Número de pagantes para consumir músicas no serviço digital disparou em todo o mundo no ano passado
Segundo o relatório Global Music Report, divulgado nesta 4ªfeira (23.mar) pela IFPI -- que representa a indústria fonográfica --, as receitas globais de músicas gravadas subiram 18,5% em 2021.
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O relatório aponta que esse crescimento se deu por conta do aumento do número de assiantes em serviços pagos de streaming. É o sétimo ano consecutivo de crescimento neste tipo de mercado. O documento ressalta que a pandemia alterou o comportamento do usuário ao optar pelo serviço digital.
"Algumas coisas são atemporais, como o poder de uma grande música ou a conexão entre artistas e fãs. Mas algumas coisas mudaram. Com grande parte do mundo em confinamento e a música ao vivo encerrada, em quase todos os cantos do mundo, a maioria dos fãs gostava de música via streaming", explica a presidente-executiva da IFPI, Frances Moore.
As vendas somaram o recorde de US$ 26 bilhões (R$ 127 bilhões). Além disso, as vendas nos formatos de música em mídia física tiveram crescimento pela primeira vez em 20 anos, crescendo 16,1%, passando para US$ 5 bilhões (R$ 25 bilhões).
Cresce o número de pagantes pelo serviço de streaming de música
O relatório da IFPI também ressaltou que as receitas de streaming cresceram 21,9%, para US$ 12,3 bilhões (R$ 60,4 bilhões) e que o número de usuários do serviço pago em 2021 apontou para 523 milhões de assinantes. Já o serviço geral de streaming teve receita total de 65%.
Streaming total cresce 24,3%
O streaming total, que inclui também o serviço apoiado por publicidade, aumentou para 24,3%. O direito de execução e sincronização de uso de música gravada em anúncios, filmes, televisão e jogos também tiveram aumento nas receitas.
Apenas o serviço de downloads e outros formatos digitais tiveram queda de 10,7% nas receitas.
Oriente Médio e África lideram crescimento
O Oriente Médio e África puxaram o crescimento das receitas de música gravada, com 35% registrados. No entanto, todas as regiões tiveram crescimento. A América Latina, desponta no segundo lugar com expansão de 31,2%, já nos Estados Unidos e Canadá obtiveram crescimento de 22%, na Ásia subiu para 16,1% e na Europa as receitas subiram para 15,4%.
"Apoiado pelo investimento contínuo das gravadoras em artistas e suas carreiras, juntamente com esforços inovadores para ajudar os artistas a levar música aos fãs de novas maneiras, as receitas de música gravada cresceram globalmente pelo sexto ano consecutivo, impulsionadas pelo streaming por assinatura. À medida que as gravadoras continuam a expandir sua presença geográfica e alcance cultural, a música se tornou mais conectada globalmente hoje do que nunca e esse crescimento se espalhou por todas as regiões do mundo", conclui Moore.
