"Haverá paz quando atingirmos objetivos", diz Putin sobre guerra na Ucrânia
Presidente russo disse que 224 mil soldados estão atuando para desnazificar e desmilitarizar Kiev
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta 5ª feira (14.dez), que a chamada "operação militar especial na Ucrânia" acabará apenas quando o país atingir os objetivos traçados, que incluem a desnazificação e desmilitarização de Kiev. Segundo o líder, a ofensiva militar também tem como propósito garantir a soberania russa.
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Ao todo, 224 mil soldados estão atuando no território ucraniano, número que pode aumentar para 486 mil até dezembro em meio aos novos recrutamentos. Com a alta quantidade de militares, Putin dispensou a ideia de uma nova mobilização militar -- movimento que, no ano passado, provocou dezenas de protestos, além de milhares de fugas do país.
O líder comentou ainda sobre a atuação do Ocidente na guerra, afirmando que a ajuda militar à Ucrânia estava acabando e que o país logo ficaria sem armas estrangeiras para resistir à ofensiva russa. "A Ucrânia não produz quase nada, tudo vem do Ocidente, mas as coisas livres vão acabar algum dia, e parece que já está acontecendo", disse.
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No mesmo assunto, Putin elogiou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que se opôs à adesão da Ucrânia à União Europeia. Em relação aos Estados Unidos, o principal aliado de Kiev, o presidente russo disse que estava pronto para reorganizar as relações com o país, mas que a "política imperialista" de Washington atrapalhava o diálogo.