História nos julgará duramente se deixarmos Putin vencer, diz Biden
Presidente norte-americano voltou a pedir que Congresso aprove novo pacote de ajuda para Ucrânia
Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a pedir que o Congresso aprove o pacote monetário de US$ 106 bilhões para auxiliar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. Em vídeo publicado nesta 5ª feira (7.dez), o democrata reforçou o apoio a Kiev, dizendo que a história julgará duramente o país caso as operações ucranianas sejam enfraquecidas por falta de ajuda, deixando o presidente russo, Vladimir Putin, vencer o conflito.
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"O mundo inteiro está assistindo. O que farão os Estados Unidos? Pense, se não apoiarmos a Ucrânia, o que o resto do mundo fará? O que vai acontecer em termos do G7 ou dos nossos aliados da Otan? [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Se nos afastarmos agora, isso apenas encorajará outros possíveis agressores. Então estou convocando o Congresso para fazer algo e fazer a coisa certa pela Ucrânia", disse Biden.
A declaração acontece poucos dias após a Casa Branca enviar um comunicado aos líderes do Congresso, alertando que o país estava "quase sem dinheiro" para fornecer mais auxílio à Ucrânia. Segundo o Escritório de Orçamento e Gestão, já foram destinados US$ 11 bilhões a Kiev, incluindo ajuda militar, econômica e humanitária. Todo o montante, no entanto, se esgotou em meados de novembro, exceto cerca de 3% do financiamento militar.
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A declaração da Casa Branca alimenta a discussão entre os parlamentares, que já questionavam a magnitude da assistência militar e monetária à Kiev. A possível perda do apoio monetário também acende um temor no presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, uma vez que as tropas russas estão começando a aumentar os ataques. Com a chegada do inverno, as usinas de energia elétrica são os principais alvos dos militares.