PF mira esquemas de envio de ouro ilegal para exterior e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal colocou nas ruas nesta 6ª feira (01.dez) duas operações contra esquemas de envio ilegal de ouro para o exterior e lavagem de dinheiro. As operações Eldorado e Ládon foram deflagradas pelas superintendências do Amapá e do Distrito Federal, respectivamente.

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A Eldorado, comandada do Macapá, mira organização criminosa que fazia a intermediação de compra e venda de ouro extraído ilegalmente no Brasil para envio ao exterior, e lavagem de dinheiro. Mais de R$ 2 milhões em bens foram apreendidos, como carros de luxo e ouro.

Iniciada em 2022, a investigação descobriu que empresas de fachada em São Paulo e Santa Catarina eram usadas para compra do ouro ilícito no Amapá e outros estados, fraudes na declaração de origem do minério e envio ao exterior. O ouro ilegal também era comprado de países da África, como Serra Leoa.

Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Santo André (SP) e Balneário Camboriú (SC). Segundo a PF, "os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da união, organização criminosa, receptação dolosa e lavagem de capitais" e se condenados "poderão pegar uma pena de até 27 anos de reclusão, mais pagamento de multa".

Operação Ládon

Em outra frente, a PF também deflagrou a Operação Ládon, também contra um esquema de compra de ouro de garimpos clandestinos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Em nota, a PF informou que as apurações indentificaram, "entre 2018 e 2022, um grupo organizado de pessoas teria transportado ilegalmente centenas de quilos de ouro para o exterior a partir de voos internacionais comerciais oriundos do Estado de São Paulo".

Os mandados de buscas e apreensões foram cumpridos em São Paulo, Bragança Paulista (SP), Irupi (ES), Fortaleza e Brasília. Dois investigados passam a ser monitorados com tornozeleira eletrônica.