Ex-PM envolvido na morte do menino Ives Ota é detido em SP
Homem condenado a 40 anos estava cumprindo regime semiaberto e é suspeito de integrar esquema dentro do Detran
A Polícia Civil de São Paulo deteve um ex-policial militar durante uma operação contra crimes cibernéticos e outros delitos, na manhã de 5ª feira (23.nov). Ele é acusado de envolvimento no sequestro e morte do menino Ives Ota, que tinha apenas oito anos, em 1997.
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Três operações foram deflagradas ao mesmo tempo. Uma das ações foi comandada pela Delegacia Antissequestro, visando quadrilhas que usam o sistema Pix para levar pessoas a cativeiros e extorqui-las. Não foi informada a quantidade de mandados expedidos nessa diligência, mas dois foram presos.
Ex-PM foi condenado a mais de 40 anos de prisão pela morte de menino
A segunda ação foi deflagrada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), com 32 mandados de busca e apreensão e 19 alvos. Segundo o delegado responsável pelo caso, o detido é Paulo de Tarso Dantas, o ex-PM que participou do sequestro e morte do menino Ives Ota, na zona leste da capital paulista.
O crime chocou o país: a criança foi retirada de casa, assassinada com dois tiros no rosto e enterrada em uma casa em Itaquera. Tarso fazia a segurança de uma das lojas do pai do menino e teria participado do crime. Ele foi condenado a mais de 40 anos de prisão e desde 2005 cumpria prisão em regime semiaberto.
O ex-PM foi detido em casa para averiguação, por suspeita de participação em esquema que funciona dentro do Detran. Uma quadrilha de funcionários do órgão e de pessoas que agem fora do local falsifica processos de trânsito. O esquema é investigado há mais de um ano.
Operação visa quadrilha de falsos leilões
A terceira operação foi deflagrada em Santa Catarina, com dois inquéritos relacionados a falsos leilões na internet. Os criminosos aliciavam pessoas, que repassavam o dinheiro aos bandidos. Depois, o grupo criminoso desaparecia. Mais de 100 vítimas foram identificadas, em vários estados.
Nos dois inquéritos sobre o caso, foram levantados um prejuízo de R$ 18 milhões e, no outro, mais de R$ 30 milhões. Quatro foram presos.
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