Ex-vereadora é presa acusada de invadir terras indígenas no Pará
Lauanda Peixoto ainda teria articulado a derrubada de pontes na região para evitar que a operação fosse deflagrada

Andrey Araújo
A ex-vereadora Lauanda Peixoto Guimarães foi presa acusada de ser líder de um grupo que invadiu terras indígenas em São Félix do Xingu, no sudoeste do Pará. A mulher é acusada de invasão, desobediência e exploração econômica de área indígena.
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O momento da prisão, na manhã de 3ª feira (14.nov), foi marcado por tensão entre invasores e agentes da Força Nacional, durante a Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, da Polícia Federal. Os criminosos invadiram a Terra Indígena Apyterewa, do povo Parakanã.
Luanda já foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por organizar e atacar agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em 2020.
No ano seguinte, quando policiais cumpriam um mandado de busca e apreensão, a ex-vereadora foi presa por posse ilegal de arma de fogo, posse irregular de minério, manter em cativeiro animal silvestre, entre outros crimes, como o funcionamento clandestino de uma farmácia e um posto de combustíveis.
A ex-vereadora ainda teria articulado a derrubada de pontes na região para evitar que a operação fosse deflagrada pelos oficiais. Lauanda foi encaminhada para o Presídio Feminino de Marabá.
Ela foi eleita em 2016 pela cidade de Alto Horizonte, em Goiás, mas teve o mandato cassado por extorsão. Lauanda e o companheiro, Rogério da Silva Fonseca, respondem pelo crime de concussão contra o prefeito da cidade goiana: o casal teria exigido pagamento de R$ 30 mil por mês para o prefeito. Em troca, a prefeitura teria "governabilidade tranquila".
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