Grupo criminoso que falsificava e contrabandeava cigarros paraguaios é alvo de operação da PF
Ação mobilizou 165 agentes para cumprir 24 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão em cinco estados
Felipe Moraes
A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta 3ª feira (14.nov), a Operação Illusio, que mira organização criminosa acusada de contrabandear e falsificar cigarros de marcas do Paraguai. A Receita Federal e o Ministério do Trabalho também participaram da ação.
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Cerca de 165 agentes foram mobilizados para cumprir 11 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária e 35 de busca e apreensão. A ação também bloqueou em torno de R$ 20 milhões contra 38 pessoas físicas e 28 jurídicas.
As medidas judiciais foram expedidas pelo Juízo da Justiça Federal em Belo Horizonte (MG) em residências, galpões e empresas nas seguintes cidades: Manaus (AM), Capim Grosso (BA), Belo Horizonte (MG), Divinópolis (MG), Itaúna (MG), Nova Lima (MG), Nova Serrana (MG), Pará de Minas (MG), Pitangui (MG), São Gonçalo do Pará (MG), Barueri (SP), Carapicuíba (SP), Indaiatuba (SP), Osasco (SP), Santana de Parnaíba (SP), São Caetano do Sul (SP), São Paulo (SP), Taiuva (SP) e Nova Ipixuna (PA).
De acordo com a PF, o grupo criminoso mantinha fábricas clandestinas em Divinópolis e era chefiada por um empresário de Barueri. As investigações mostraram que trabalhadores eram trazidos do Paraguai e submetidos a condições trabalho análogas à escravidão.
Essas pessoas ficavam reclusas, incomunicáveis e sob vigilância nos estabelecimentos por vários meses. Com telefones confiscados pelos suspeitos, não tinham acesso ao mundo exterior e sequer sabiam onde trabalhavam, já que eram levadas às fábricas com olhos vendados.
Segundo a PF, a organização criminosa ocultava os cigarros falsos em cargas de calçados produzidos em Nova Serrana e transportava os produtos em caminhões.
Os presos poderão responder por crimes de organização criminosa (8 anos de pena máxima), contrabando de cigarros (5 anos), descaminho de maquinário (4 anos), tráfico de pessoas (8 anos), trabalho escravo (8 anos), falsificação e uso de documento particular falso (5 anos), crimes contra as relações de consumo (5 anos) e lavagem dinheiro (10 anos).
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