PF pede mais 30 dias para concluir sobre a morte de Genivaldo
Vítima foi asfixiada com gás lacrimogêneo no porta-malas de uma viatura da PRF no Sergipe
Alexandre Leoratti
A Polícia Federal solicitou nesta 2ª feira (21.jun) a prorrogação, por mais 30 dias, do prazo para a conclusão do inquérito que apura a morte de Genivaldo de Jesus do Santos durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal, em Umbaúba, município no Sul do Sergipe.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A corporação argumenta que o pedido tem como objetivo aguardar a apresentação de laudos periciais requisitados, considerados indispensáveis para a finalização da investigação. O despacho com o pedido ainda não chegou ao Ministério Público do Sergipe, que não quis comentar o caso.
Segundo a advogada Monalisa Batista, representante da família de Genivaldo, o pedido de prorrogação não se justifica. "O que a gente não entende, o que a família não entende, é o porquê dessa burocracia. A gente vê casos mais complexos serem finalizados com um transcurso menor de tempo. Está aí os vídeos, é claro o uso de granada em ambiente fechado, o caso está claro, a gente não compreende o porquê dessa burocracia, o porquê dessa demora em um inquérito policial para um processo, para um caso tão simples de ser elucidado", afirma a defensora.
A vítima, que tinha 38 anos e era portadora de esquizofrenia, foi morta no dia 25 de maio, após ser asfixiada com gás lacrimogênio no porta-malas de uma viatura da PRF. O caso aconteceu minutos depois de Genivaldo ser parado pelos agentes, por dirigir uma motocicleta sem capacete; ele já havia sido revistado e imobilizado pelos policiais.
O laudo oficial do Instituto Médico Legal concluiu que a causa do óbito foi asfixia mecânica, o que provocou uma insuficiência respiratória. Os três agentes envolvidos na ocorrência, Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, foram afastados dos cargos.
Leia também:
+ Pela primeira vez, policiais cumprem mandado judicial no metaverso