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Saúde

RJ confirma primeira morte por febre Oropouche no estado; entenda doença

Vítima era um homem de 64 anos, morador de Cachoeiras de Macacu, que faleceu quase um mês depois de ser hospitalizado

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Mosquito "maruim", um dos transmissores da febre Oropouche | Conselho Federal de Farmácia/Divulgação
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A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira (16) a primeira morte por febre Oropouche no estado. A vítima é um homem de 64 anos, morador de Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana.

+ O que é doença de Oropouche?

Ele foi internado em fevereiro e faleceu cerca de um mês depois. O diagnóstico foi confirmado após análise de amostras pelo Laboratório Central Noel Nutels e pela Fiocruz.

Transmitida pelo maruim — também conhecido como mosquito-pólvora —, a febre Oropouche tem avançado no estado. O primeiro caso no estado foi registrado em fevereiro de 2024, e no ano passado houve 128 ocorrências. Em 2025, no entanto, os números dispararam: até esta quinta-feira (15), já são 1.484 casos confirmados.

+ Febre oropouche: Ministério da Saúde diz que mortes no Brasil são primeiras do mundo

"A Febre do Oropouche é nova no nosso estado e requer atenção redobrada. O maruim é bem pequeno e corriqueiro em locais silvestres e áreas de mata. Por isso, a recomendação é usar roupas que cubram a maior parte do corpo, passar repelente nas áreas expostas da pele, limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, e instalar telas de malha fina em portas e janelas", explica o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado, Mário Sergio Ribeiro.

As cidades com maior número de registros são Cachoeiras de Macacu (649 casos), Macaé (513), Angra dos Reis (253) e Guapimirim (164). Em todo o Brasil, foram registrados 10.076 casos da doença até o último dia 13 de maio.

A febre Oropouche é causada por um vírus do gênero Orthobunyavirus e provoca sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, além de mal-estar. Embora raramente seja fatal, a doença exige atenção especial em casos de agravamento, principalmente em pessoas com comorbidades ou idosos.

As autoridades de saúde reforçam a importância de medidas de prevenção, como o uso de repelentes e o combate aos criadouros do mosquito transmissor.

Quais são os sintomas da febre oropouche?

Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem:

  • Febre de início súbito;
  • Dor de cabeça intensa (cefaleia);
  • Dor muscular (mialgia);
  • Dor articular (artralgia);
  • Tontura;
  • Dor atrás do olho;
  • Calafrios;
  • Fotofobia (sensibilidade à luz);
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia.

Diagnóstico

O exame PCR (reação em cadeia da polimerase) possibilita a identificação do vírus no sangue e os testes sorológicos lgG e lgM mostram a presença de anticorpos específicos, também no sangue.

Prevenção

A prevenção é parecida com os casos de dengue, chikungunya e outras doenças causadas pela picada do mosquito: uso de repelentes, blusa de manga longa e calça comprida em áreas de mata, além de telas e mosquiteiros.

Quais são os sinais de alerta?

Os principais indícios que devem deixar as pessoas atentas são a falta de hidratação, náusea, vômito e dor incontrolável.

Pessoas imunossuprimidas, idosos, crianças e pessoas com comorbidades têm maior chance de complicações associadas à doença, em quadros como meningite, segundo o infectologista Werciley Vieira Jr.

Como é feito o tratamento?

Ainda não existe um tratamento específico para a doença, no entanto, ele deve ser focado em aliviar os sintomas e o paciente também deve se manter hidratado.

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