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Rio de Janeiro chega a 119 casos de mpox em 2024

Desde 2022, a cidade teve 1.266 confirmados da doença, sem registro de mortes

Rio de Janeiro chega a 119 casos de mpox em 2024
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A cidade do Rio de Janeiro chegou a 119 casos registrados de mpox em 2024. Destes, sete foram no mês de agosto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Desde 2022, o Rio teve 1.266 casos confirmados da doença, sem registro de mortes. Em 2023, foram 142 casos e no ano anterior, 1.005.

Quais são os primeiros sintomas e como identificar a doença?

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, com pessoas infectadas pelo vírus e com materiais contaminados. Os primeiro sintomas, principalmente, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, além de linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

Algumas doenças que se manifestam de forma parecida são o sarampo, a herpes e a sífilis. Mas há alguns sinais específicos da mpox como a progressão das erupções na pele, que vão de macular (tom avermelhado em determinada região da pele), papular (quando as feridas ganham elevações na pele), vesicular (as bolhas começam a surgir) e pustulosa (lesões se tornam pústulas, com pontas brancas e arredondadas), segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Depois, as feridas adquirem o caráter de crosta e da descamação.

O diagnóstico da doença é realizado por meio do exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), podendo também ser utilizado o sequenciamento do material genético presente nas lesões características da enfermidade.

Como é a transmissão da mpox?

A transmissão da doença não mudou em relação às cepas anteriores: a mpox é transmitida pelo contato com a pele de pessoas que estão contaminadas. No caso do Congo, a maior parte infecções foi transmitida por via sexual, forma mais comum de contágio, segundo a OMS.

Qual é o objetivo do alerta da OMS?

A OMS informou que a nova variante 1b do mpox tem uma taxa de letalidade alarmante de mais de 10% entre crianças pequenas na África Central. Em contraste, a variante 2b, responsável pela epidemia global de mpox em 2022, apresentava uma taxa de letalidade abaixo de 1%.

A OMS decretou emergência sanitária global da doença após reunião virtual para avaliar o ressurgimento da epidemia da doença na África e o risco de sua disseminação internacional. É a primeira vez desde o fim da pandemia da Covid-19 que a entidade emite seu mais alto nível de alerta.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o órgão está comprometido em "coordenar a resposta global nos próximos dias e semanas".

"Estamos trabalhando em estreita colaboração com cada um dos países afetados e alavancando nossa presença local para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas", disse Tedros Adhanom, diretor-geral da organização.

Tem vacina para mpox?

Existem, até o momento, três vacinas contra a mpox disponíveis globalmente. No entanto, apenas duas delas são recomendadas pela OMS e possuem aprovação em alguns países. Essas vacinas são a ACAM2000, produzida pela Sanofi Pasteur, e a Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), desenvolvida pela Bavarian Nordic. A vacina Jynneos já foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023.

O imunizante foi oferecido para pessoas imunossuprimidas, além de profissionais de laboratório que trabalham diretamente com orthopoxvírus [pertencente à família do vírus da monkeypox] e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeitas da doença. Mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil.

No entanto, o Brasil não planeja vacinação em massa, segundo a ministra da Saúde, ainda que esteja sendo negociada pela pasta a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a doença.

“No Brasil, nós vacinamos com uma licença ainda especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em casos muito excepcionais, para grupos muito vulneráveis, pessoas que tinham tido contato com outras pessoas doentes. Então, a vacinação nunca será uma estratégia em massa para a mpox”, ressaltou Trindade.

A ministra destacou que os especialistas continuam a avaliar a eficácia das vacinas no combate à nova cepa do mpox. Ela também mencionou a dificuldade na aquisição de imunizantes, devido à limitação na produção em massa das doses.

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