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Saúde

Preta Gil está acordada e conversando após cirurgia de 21 horas

Boletim médico informa que artista permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em SP, onde deve continuar nos próximos dias

Imagem da noticia Preta Gil está acordada e conversando após cirurgia de 21 horas
Preta Gil está acordada e conversando e deve permanecer na UTI nos próximos dias | Reprodução/Instagram
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Quatro dias após passar por uma cirurgia de 21 horas para retirada de tumores, a cantora Preta Gil já está acordada e interagindo, segundo novo boletim médico, divulgado nesta segunda-feira (23).

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Preta está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde deve permanecer pelos próximos dias. Seu estado de saúde é estável.

De acordo com a equipe médica da artista, o procedimento teve início às 6h de quinta-feira (19) e foi concluído apenas às 3h de sexta-feira (20). O objetivo foi a retirada de tumores da artista, que enfrenta uma recidiva do câncer (veja mais detalhes abaixo).

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Depois do procedimento, seu filho, Francisco Gil agradeceu a "energia positiva" de quem torceu por sua mãe e disse que estava tudo bem com ela.

"Ela é uma guerreira e passou por mais essa. Seguimos fortes! Muito amor, axé", escreveu pelas redes sociais.

Volta do câncer de Preta Gil

Em agosto deste ano, a cantora anunciou a retomada do tratamento contra o câncer. Na ocasião, ela anunciou que a doença voltou em "quatro lugares diferentes"

"Tenho dois linfonodos, uma metástase no peritônio e uma lesão na ureter", disse.

No início de 2023, ela foi diagnosticada com adenocarcinoma, um tipo de tumor maligno no reto e recebeu alta médica

Antes da cirurgia, a cantora pediu "boas vibrações" aos seus seguidores e reforçou a importância de compartilhar o seu momento. "Se Deus quiser, farei o tratamento que for mais indicado para mim, no Brasil ou fora", concluiu.

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Por que câncer pode voltar?

O termo recidiva é usado pela literatura médica para definir o retorno de uma doença. No caso do câncer, ainda que em um primeiro momento ocorra a remissão completa, ele pode retornar quando pequenas áreas tumorais ficam no corpo, as "micro metástases", que não são detectáveis em exames de imagem, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

"Mesmo com o tratamento que tinha intenção de curar o câncer, ele pode voltar", ressalta Clarissa Baldotto, oncologista clínica e membro do Comitê de Tumores do Sistema Nervoso Central da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

De acordo com a SBCO, o retorno da doença pode acontecer no mesmo local onde foi diagnosticado inicialmente (recidiva local) ou em outras regiões do corpo, podendo ser uma área próxima a do diagnóstico inicial (regional) ou em outra parte do corpo, geralmente distante de onde ocorreu pela primeira vez (metastática distante ou à distância).

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Por exemplo, seria o caso de um paciente inicialmente com câncer de mama, mas que na recidiva desenvolve a doença nos ossos.

Geralmente, segundo Clarissa, a recidiva é detectada em consultas de retorno, que devem ser realizadas de três em três meses no início, depois o tempo vai aumentando. Nessas consultas, os médicos costumam indicar exames como tomografia e pet-scan.

É possível prever se o câncer irá voltar?

Não há uma maneira precisa de prever a probabilidade de recidiva de um câncer. No entanto, ao analisar "a biologia da doença", segundo a oncologista, ou seja, como é a célula que causou o câncer, além do tamanho do tumor, o crescimento acelerado do câncer e se ele se disseminou para outras regiões, é possível definir a necessidade de um tratamento para diminuir o risco da recidiva: tratamento adjuvante e o neoadjuvante.

Em geral, de acordo com a especialista, a recidiva acontece nos dois primeiros anos após a remissão completa, mas pode retornar até mesmo depois de cinco anos em casos mais raros.

O tratamento muda na recidiva?

Os protocolos de tratamento são muito variados, já que depende de qual é o tipo de recidiva e o tempo que ela levou para acontecer. Mas, em geral, segundo a especialista, é indicado tratamentos que envolvam o corpo inteiro: quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo e hormonioterapia.

Além disso, pode ser que as células da recidiva tenham resistência aos medicamentos usados na primeira vez. Neste caso, será preciso mudar de estratégia de abordagem.

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