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Saúde

OMS realiza reunião de emergência para avaliar alerta global sobre epidemia de Monkeypox

Comitê de emergência foi convocado para esta quarta-feira (14); vírus apresentou mutação que agravou a situação nos últimos meses

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OMS realiza reunião de emergência para avaliar ressurgimento da epidemia de mpox | Reprodução/X
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza nesta quarta-feira (14) uma reunião virtual para avaliar o ressurgimento da epidemia de Monkeypox (mpox) na África e o risco de sua disseminação internacional. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a convocação do comitê de emergência na última quarta-feira (7) por meio da rede social X.

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A decisão foi tomada após o registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em crescimento há mais de dois anos. A situação se agravou nos últimos meses devido a uma mutação do vírus.

O comitê de especialistas irá aconselhar o diretor-geral da OMS sobre a necessidade de declarar a mpox uma emergência global e definir recomendações para conter a propagação da doença. A reunião deve determinar as próximas etapas na resposta ao surto e na coordenação de esforços internacionais.

Em 9 de agosto, a OMS confirmou que fabricantes de vacinas podem solicitar uma licença de emergência, permitindo que organizações como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a GAVI (em tradução livre: Aliança das Vacinas) adquiram e distribuam as vacinas de forma mais ágil nas áreas afetadas. Esta medida visa acelerar a resposta ao surto e garantir a disponibilidade das vacinas.

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Em junho, uma fabricante de vacinas enviou 15.000 doses de sua vacina para o Congo, onde a maioria dos casos de mpox foi detectada. No entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África) alertou para a necessidade de "solidariedade global", destacando que a região precisa de 10 milhões de doses de vacina, mas atualmente tem acesso a apenas 200.000. O CDC África também considerará a declaração de uma emergência continental esta semana.

O vírus da mpox foi reportado em pelo menos 13 países africanos este ano. No último mês, quatro países – Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda – reportaram casos de mpox pela primeira vez. Até agora, em 2024, foram registradas 517 mortes entre 17.541 casos confirmados e suspeitos de mpox.

A preocupação aumentou nas últimas semanas após a disseminação de uma nova e mais letal variante do vírus para países vizinhos.

Números

De janeiro de 2022 a junho de 2024, a OMS registrou 99.176 casos confirmados de mpox em 116 países, com 208 mortes. Em junho, 934 casos foram confirmados em 26 países, com as regiões mais afetadas sendo África, América, Europa, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático. A República Democrática do Congo respondeu por 96% dos casos confirmados na África.

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No fim de junho, a OMS alertou sobre uma variante mais perigosa da mpox, com uma taxa de letalidade de mais de 10% entre crianças pequenas. A entidade solicitou que fabricantes de vacinas submetam pedidos de análise para uso emergencial, agilizando a disponibilidade de vacinas para países de baixa renda.

Em relatório publicado neste mês de agosto pela OMS, o Brasil notificou de 1º de janeiro de 2022 até 30 de junho de 2024, 11.212 casos confirmados da doença e 16 óbitos.

Informações sobre a doença

A mpox é uma doença zoonótica viral transmitida para humanos pelo contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, formando crostas que secam e caem. O número de lesões varia de algumas a milhares, concentrando-se no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Há duas formas de apresentação da varíola dos macacos: uma cepa que é mais grave e pode matar até 10% dos infectados e outra que é menos agressiva, responsável pelo surto global da doença em 2022, quando mais de 99% dos pacientes sobreviveram.

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