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Saúde

Obesidade infantil supera desnutrição pela primeira vez e preocupa no Rio Grande do Sul

Estado tem o maior número de casos do país

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Obesidade infantil supera desnutrição pela primeira vez | SBT RS
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Pela primeira vez na história, a obesidade infantil ultrapassou a desnutrição entre crianças e adolescentes em idade escolar. O dado, que já preocupa em todo o mundo, é ainda mais alarmante no Rio Grande do Sul — o estado brasileiro com maior número de casos.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 13,54% das crianças entre 7 e 10 anos estão com obesidade no RS, enquanto a média nacional é de 10,65%. Entre os adolescentes de 10 a 19 anos, o índice sobe para 14,03% no estado, contra 10,24% no restante do país.

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Diabetes, colesterol e dores

A endocrinologista pediátrica Luísa Schnarndorf alerta para os riscos da doença. “A obesidade infantil, por si só, já é considerada uma doença. Mas, por tempo prolongado, pode levar a diabetes, resistência à insulina, colesterol alto, pressão alta, distúrbios psicológicos e dores articulares por excesso de peso”, explica.

O cenário afeta diretamente a vida de crianças como Júlia Dias Costa, de nove anos, que enfrentou bullying na escola por conta do excesso de peso. “As crianças começaram a fazer bullying comigo. Aí eu falei: não aguento mais, vamos achar uma médica pra mim”, contou.

Com acompanhamento médico e mudanças na rotina, Júlia já eliminou nove quilos. A avó, Juçarema Costa, destaca o papel da alimentação no processo. “Antes ela chegava a almoçar três vezes. Agora é uma só. Bala, só de vez em quando. Refrigerante e doce, só no fim de semana. E essa pequena mudança de hábito já deu resultado”, afirmou.

Além da saúde física, Júlia também comemora as melhorias emocionais. “O bullying me fazia comer mais. Agora, estou me sentindo melhor. A vontade por doce diminuiu e estou mais feliz”, disse.

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Alimentação em casa

A médica reforça que a prevenção começa em casa, com o incentivo a uma alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e acompanhamento médico regular. A obesidade infantil vai além da estética: envolve riscos sérios à saúde física, emocional e ao desenvolvimento social.

O combate à obesidade depende do envolvimento de pais, escolas e da comunidade. Mudanças simples de hábitos já podem transformar vidas — como aconteceu com Júlia.

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