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Ministério da Saúde diz que 365 mil doses da vacina contra dengue já foram aplicadas no Brasil

Entre iniciativa privada, grupos de estudo e SUS, somente 70 casos de reações alérgicas foram observados

Ministério da Saúde diz que 365 mil doses da vacina contra dengue já foram aplicadas no Brasil
Mathias Aldemar Inácio, de 10 anos, foi a primeira pessoa no Estado de São Paulo a receber a vacina Qdenga, contra a dengue. Foto: Reprodução
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O Ministério da Saúde (MS) atualizou, nesta sexta-feira (8), dados sobre a vacinação contra dengue no Brasil. Foram 365 mil doses aplicadas em todo o país — 250 mil via Sistema Único de Saúde (SUS) —, de um universo de 1.235.236 distribuídas até o momento.

+ Ministério da Saúde atualiza números da vacinação contra dengue no Brasil; acompanhe

Segundo a ministra Nísia Trindade, o governo vem "cumprindo o compromisso com estados e municípios", seguindo orientações prévias para definir determinada região como prioridade no envio de doses do imunizante:

  • Taxa elevada de ocorrência de dengue nos últimos 10 anos;
  • Circulação do sorotipo 2 durante o ano de 2023;
  • Maior concentração de hospitalizados com idade entre 10 e 14 anos.

Conforme a ministra, a estratégia é fundamental para conter gradualmente o avanço da doença. Ela ainda disse que o número de doses aplicadas até o momento está "dentro do que é previsto, quando não temos uma campanha de massa" — ou seja, quando a distribuição precisa ser segmentada.

Sobre a expansão do público, a ministra informou que acordos entre a fabricante Takeda e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão encaminhados para que exista uma produção local. "É uma das linhas fortes do nosso complexo econômico e industrial da Saúde", disse.

+ Anvisa vai priorizar registro de equipamentos para diagnóstico da dengue

Também presente na coletiva, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI), Eder Gatti Fernandes, esclareceu que o SUS adquiriu todo o lote possível de imunizantes disponibilizados pela fabricante Takeda.

Segundo ele, o trabalho das agências de vigilância comprovou a "segurança e eficácia adequadas para o uso no país" da QDenga.

Nessa quinta (7), o MS se reuniu com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e com o Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos (CIFAVI) para avaliar casos de supostas ocorrências adversas na aplicação da vacina.

Casos foram identificados pelo Sistema Nacional de Vigilância de Eventos Supostamente Atribuídos a Vacinação ou Imunização (ESAVI), que estuda qualquer ocorrência clínica notificada após o ato de vacinação.

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Gatti Fernandes explicou que 509 notificações foram investigadas; em somente 70 desses casos foram observadas reações alérgicas.

Foram 28 hipersensibilidades imediatas após aplicação, 5 manifestações tardias (tempo depois da imunização), 11 reações locais, 10 casos de urticárias e 16 casos graves — desses, em 3 ocorreram choque.

Entretanto, o diretor do DPNI reafirmou que nem todos os casos foram observados em aplicações no SUS. Ainda disse que os casos estão distribuídos pelo país; logo, não há ligação com o lote das vacinas.

Como medida, a pasta informa que o paciente com histórico de alergia em medicações aguarde até 30 minutos na unidade de saúde, além de evitar vacinações concomitantes.

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Informe Diário COE Dengue nº 10_page-0001.jpg
Informe Diário COE Dengue nº 10_page-0001.jpg

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