Anvisa vai priorizar registro de equipamentos para diagnóstico da dengue
Meta é permitir resposta mais rápida no controle da epidemia; mais de 300 pessoas já morreram no país
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nessa quarta-feira (6), que decidiu, durante reunião pública da Diretoria Colegiada, por caráter de urgência, priorizar todos os pedidos de registros destinados ao diagnóstico da dengue.
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Solicitações em andamento e protocoladas nos próximos 60 dias serão abrangidas.
O objetivo é ampliar o fornecimento de dispositivos e tecnologias eficazes para a comprovação do quadro da doença em pacientes de forma precoce, permitindo uma resposta mais rápida no controle da epidemia com os novos equipamentos.
Também serão priorizados os pedidos de Certificação de Boas Práticas de Fabricação a empresas fabricantes dos testes para a dengue. A normativa garante "a qualidade e a segurança desses produtos", segundo nota da agência.
Sobre a autotestagem, a Anvisa prepara uma resolução a pedido do Ministério da Saúde (MS). A pasta solicita que autotestes da doença tenham sua comercialização facilitada em farmácias, disponíveis à população.
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"Enquanto nos esforçamos para disponibilizar mais testes, é igualmente importante reconhecer que o controle efetivo da dengue requer uma abordagem multifacetada. A prevenção e o controle do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, continuam sendo a pedra angular de nossos esforços. Medidas como eliminação de criadouros, aplicação de inseticidas e educação pública são cruciais e não devem ser negligenciadas", afirmou o diretor da agência, Daniel Pereira.
Subiu para 329 o total de mortes por dengue no Brasil em 2024, segundo o mais recente boletim da Saúde, divulgado nessa quarta (6).
A pasta informou que também está investigando outros 767 possíveis óbitos pela doença. Em relação aos casos suspeitos de dengue, o número já chega a 1.289.897 no país.