"Aedes do Bem" pode ser criado em casa e vira esperança contra a dengue
Inseto geneticamente modificado ajuda a reduzir o número de fêmeas, que transmitem as doenças
Uma estratégia envolvendo os próprios mosquitos tenta combater as doenças transmitidas pelo aedes aegypti, como a dengue. Apelidado de "aedes do bem", o inseto geneticamente modificado pode ser criado em casa.
Ovos do mosquito modificados são colocados em criadouros com água potável, se desenvolvem e chegam à fase adulta em, no máximo, 14 dias. É quando os chamados "aedes do bem" voam para o ambiente urbano para se acasalar.
O mosquito modificado geneticamente produz o seguinte resultado após o acasalamento: as fêmeas não sobrevivem e apenas os machos chegam à fase adulta e herdam as mesmas limitações. O objetivo é reduzir o número de fêmeas, que picam e são as verdadeiras transmissoras da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A pesquisa de alteração genética é de uma multinacional britânica. Em Campinas, no interior de São Paulo, uma empresa desenvolve caixas com até 400 ovos do mosquito ao custo de R$ 199.
Segundo Luciana Medeiros, bióloga da empresa, não há riscos ao meio ambiente: "o aedes do bem é seguro, não oferece nenhum risco para a saúde animal, humana ou dos recursos naturais".
As caixas já são vendidas em lojas, com autorização da Comissão Técnica Nacional de Niossegurança - a CTNBio.